O União Brasil aprovou, nesta segunda-feira (8), a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, por infidelidade partidária. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional da legenda, em votação secreta que registrou 24 votos favoráveis ao desligamento.
Segundo a cúpula do partido, Sabino descumpriu uma orientação formal ao permanecer no comando do Ministério do Turismo, contrariando determinação de que todos os filiados deveriam deixar cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até 19 de setembro. Na ocasião, o partido havia alertado que o não cumprimento da diretriz seria tratado como infração disciplinar.
Licenciado do mandato de deputado federal pelo Pará, Sabino chegou a anunciar que deixaria o ministério e apresentou uma carta de demissão ao presidente Lula. Entretanto, dias depois, voltou atrás e iniciou tentativas de negociação para permanecer tanto na pasta quanto na legenda — movimento que não prosperou.
A decisão de seguir no Ministério do Turismo ganhou força em outubro, quando Sabino avaliou que sua permanência poderia gerar dividendos eleitorais durante a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém (PA).
O ministro, que participou remotamente da reunião que deliberou por sua expulsão, afirmou em rede social possuir “ficha limpa” e atribuiu sua saída do União Brasil à escolha de permanecer, segundo ele, no “melhor projeto para o Brasil”.


