Uma moradora do condomínio Forest Hill, em Manaus (AM), registrou boletim de ocorrência contra o síndico do local, o tenente do Corpo de Bombeiros do Amazonas Antônio Ferreira de Oliveira Júnior, por suposta agressão física. O episódio ocorreu durante uma discussão sobre cumprimento do regimento interno.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), ao qual a reportagem teve acesso, o caso começou após um desentendimento entre o síndico e o marido da vítima por uma obra realizada fora do horário permitido.
Em vídeos gravados no momento da confusão, é possível ver o marido tomando satisfação com o síndico. Ainda conforme o registro, o marido passou a filmar a discussão e, durante as filmagens, escorregou e caiu; ao tentar ajudá-lo e recolher o celular que também havia caído, a mulher afirmou ter sido agredida fisicamente pelo síndico, que teria tentado tomar o aparelho do casal.
Testemunhas relataram que o militar estava fardado, embora fora do horário de expediente. O fato poderá ser analisado pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas quanto ao eventual uso da farda em situação de caráter particular. A ocorrência segue em investigação; a moradora realizou exame de corpo de delito e aguarda providências das autoridades policiais e do condomínio.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) foi questionada, via assessoria, sobre os procedimentos após a denúncia. Até a última atualização, não houve retorno. Moradores informaram que o caso gerou preocupação e cobram esclarecimentos da administração condominial e das instituições envolvidas. Até o momento, o tenente não se manifestou publicamente, e o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas não divulgou nota oficial.
Essa não é a primeira vez que o síndico se envolve em confusão no condomínio
Em episódio anterior, moradores relataram que o síndico, em mensagens de um grupo de WhatsApp do residencial, proferiu declarações consideradas preconceituosas ao comparar “condomínio de luxo” com bairros populares, citando zonas norte e leste de Manaus e o Monte Horebe. As falas atribuídas ao militar motivaram críticas de condôminos e reações no grupo, com queixas de que o conteúdo reforçaria estigmas sociais.
Segundo os relatos, o episódio somou-se a outros atritos internos, como questionamentos sobre gastos e obras apontadas como emergenciais sem aprovação prévia em assembleia, bem como pedidos formais de esclarecimentos e prestação de contas.
Veja os vídeos:
Saiba mais:
Acesse o nosso perfil no Instagram