O União Brasil anunciou nesta quarta-feira, 8, a suspensão cautelar do ministro do Turismo, Celso Sabino, de todas as atividades partidárias por um período de 60 dias. A medida ocorre após o ministro descumprir a orientação da legenda para que seus filiados com cargos na administração federal entregassem suas funções, em consequência da saída da federação União Progressista — formada por União Brasil e Progressistas (PP) — da base do governo no Congresso Nacional.
A decisão, comunicada pela Executiva Nacional do partido, inclui também a intervenção no diretório estadual do Pará, presidido por Sabino, que passará a ser comandado por uma comissão provisória interventiva. O caso será encaminhado ao Conselho de Ética, que terá 60 dias para se manifestar sobre o mérito das representações.
“A Executiva também decidiu pela suspensão cautelar do ministro Celso Sabino de suas atividades partidárias. Conforme o estatuto do partido, o caso será encaminhado ao Conselho de Ética, que terá 60 dias para se manifestar quanto ao mérito das representações”, diz a nota do União Brasil.
O partido afirmou ainda que a decisão foi tomada “para preservar a coerência com os princípios e valores da legenda” e reafirmou “o compromisso com a transparência das suas decisões e o respeito à vontade dos seus filiados”.
Sabino diz que decisão foi precipitada e reafirma permanência no governo
Horas após o anúncio da punição, Celso Sabino publicou em suas redes sociais um vídeo com trechos de uma entrevista concedida a diversos veículos, em que defende a continuidade de seu trabalho no Ministério do Turismo e critica a decisão do partido.
“Pelo bem do turismo, pelos serviços que a gente vem fazendo em todo o país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará e pela realização da COP30, eu vou permanecer no governo”, afirmou.
Sabino também afirmou que o processo interno do partido não seguiu o rito adequado. “Vim pessoalmente apresentar minha defesa nesse processo, que não considero justo nem conduzido dentro do rito normal. Acredito que o partido tomou decisões equivocadas, assodadas, mas há tempo ainda de buscarmos o diálogo”, declarou.
Por fim, o ministro reforçou que continuará alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Fico no Ministério, fico ao lado do presidente Lula também por entender que é o melhor projeto para o Brasil”, concluiu.
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