O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, anunciou nesta terça-feira (30) a abertura de um inquérito policial para investigar as circunstâncias das intoxicações por metanol registradas no estado de São Paulo. Segundo ele, a apuração considera, inclusive, a hipótese de que a adulteração de bebidas alcoólicas tenha ligação com organizações criminosas.
“Dentre as razões, a questão da interestadualidade — há indícios de distribuição fora do estado de São Paulo — e a possível conexão com investigações recentes que fizemos, especialmente no estado do Paraná, com outras duas de São Paulo, em razão de toda a cadeia de combustível, onde parte disso passa pela importação de metanol pelo Porto de Paranaguá”, explicou Rodrigues.
O diretor da PF destacou ainda que a análise investigativa irá apontar se há vínculo com organizações criminosas já identificadas em operações anteriores. O trabalho será conduzido de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo.
“A gente vai buscar trabalhar de maneira integrada. São investigações que se complementam com investigações na parte administrativa, com investigação a cargo também da Polícia Civil de São Paulo”, afirmou.
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave. Quando ingerida, a substância é metabolizada no organismo em elementos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que podem levar à morte.
Os principais sintomas incluem:
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Visão turva ou perda de visão, podendo evoluir para cegueira;
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Náuseas, vômitos e dores abdominais;
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Sudorese e mal-estar generalizado.
Diante de sinais suspeitos, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico de urgência e contatar uma das seguintes instituições:
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Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
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Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da cidade (consulta por lista oficial)
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Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 — atendimento disponível para todo o país