O julgamento do caso de Renata Cardim, advogada morta em Belém em 2015, foi marcado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a próxima terça-feira, 9. O réu é Hélio Gueiros Neto, neto do ex-governador do Pará Hélio Gueiros, e será julgado pela Quinta Turma do STJ. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPPA) por homicídio triplamente qualificado, incluindo feminicídio, asfixia e traição, quando a vítima não tem chance de defesa.
A morte ocorreu na madrugada de 27 de maio de 2015, no apartamento onde o casal morava. Segundo a denúncia, Renata foi sedada e asfixiada por sufocamento mecânico direto. Inicialmente registrada como morte natural, a causa só foi revista após a exumação do corpo, que apontou sinais de assassinato.
O MPPA sustenta que o acusado teria cometido o crime de forma consciente, vendo-o como a “única solução” para o fim da relação. A defesa nega as acusações.
O caso tramita há uma década. Em 2020, a Justiça do Pará determinou que o réu fosse levado a júri popular, decisão confirmada em agosto de 2023 pela Turma de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). A defesa recorreu ao STJ e, após o julgamento, ainda poderá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF).
Um perfil no Instagram dedicado ao caso, administrado pela tia de Renata, Railene Cardim, comemorou o fato de o julgamento ter sido marcado e reforçou o desejo por justiça. “Já tem nova data do julgamento do caso Renata Cardim. Vai ser no dia 9 de setembro de 2025, às 14 horas. Já são 10 anos de luta por justiça. Estamos na torcida para que ele permaneça no júri popular”, declarou.
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