O pastor evangélico Eduardo Costa, conhecido como o “pastor de calcinha”, já foi acusado no passado de aplicar um golpe em formandos de Direito da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), em Goiânia. Em 2006, quando atuava como cerimonialista, ele foi apontado por estudantes como responsável por descumprir contratos e frustrar a festa de formatura da turma, orçada em R$ 460 mil.
De acordo com relatos, os alunos pagaram cerca de R$ 300 mensais durante dois anos, além de complementos às vésperas do evento. Mesmo assim, a celebração não saiu como planejado. Entre as reclamações, estavam a substituição de itens prometidos no buffet e a ausência de estruturas contratadas, como a passarela giratória para a colação de grau. “Pagamos por cascata de camarão, mas o buffet serviu macarrão”, contou um dos formandos.
Os estudantes também denunciaram que Costa emitia cheques sem fundo para quitar prestadores de serviço, o que gerou atrasos e descumprimentos. Além disso, afirmavam que ele se recusava a dialogar com a comissão de formatura e não prestava contas sobre os gastos realizados.
O caso chegou à Justiça e, em primeira instância, Eduardo Costa foi condenado a três anos e quatro meses de reclusão em regime aberto, pena convertida em serviços comunitários e pagamento de R$ 5 mil à APAE de Goiânia.
Em 2014, no entanto, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) o absolveu por unanimidade. O relator, desembargador Edison Miguel da Silva Júnior, concluiu que houve falhas na execução do contrato, mas não crime de apropriação indébita, já que não ficou comprovada a intenção de se apropriar dos valores pagos pelos formandos.
Fonte: Metrópoles