O Governo do Amazonas negou o pedido da família para que o corpo do investigador da Polícia Civil Raimundo Nonato Machado fosse velado na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira. Segundo fontes ligadas à corporação, a decisão estaria relacionada à repercussão do caso de 2023, quando o policial e a esposa foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por tentativa de homicídio qualificado e agressão contra uma babá.
Diante da recusa, o Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol-AM) ofereceu o salão de sua sede para a despedida, proposta aceita pelos familiares. O velório está previsto para começar por volta das 20h desta segunda-feira (4), com o horário exato ainda a ser confirmado.
Raimundo Nonato morreu no domingo (3) em um acidente de trânsito na Avenida do Turismo, bairro Tarumã, zona oeste de Manaus. As circunstâncias da colisão seguem em investigação.
Agressão contra a babá
O episódio de 2023, que ganhou repercussão nacional, ocorreu no Condomínio Life Ponta Negra e foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, a esposa do investigador, Jussana de Oliveira Machado, aparece agredindo a babá Cláudia Gonzaga de Lima. De acordo com o MP-AM, a violência foi motivada por discriminação social e contou com incentivo de Raimundo Nonato.
O processo ainda está em tramitação. Em nota, o Sinpol-AM destacou que o espaço do sindicato está sempre disponível para homenagens a policiais civis e que a cerimônia será realizada com respeito à memória do servidor.