O vereador de Belém Zezinho Lima (PL) voltou a protagonizar uma polêmica nas redes sociais após comentar de forma ofensiva sobre um bar e restaurante, conhecido ponto de encontro da cena cultural e LGBTQIA+ da capital paraense. O estabelecimento anunciou nas redes sociais que distribuiria 13 barris de chope gratuitamente caso o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse preso, após o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela sua detenção. A postagem, feita em tom de brincadeira, causou forte reação por parte do parlamentar bolsonarista.
Em resposta, Zezinho escreveu: “Esse bar já era pra ter fechado faz tempo. Só dá mac*nheir*, v*ado, p*ta e esquerdista!!!”, seguido de emojis de riso. O comentário viralizou e gerou forte repúdio por parte de ativistas, artistas e cidadãos que frequentam o espaço. Essa não é a primeira vez que o vereador ataca publicamente o estabelecimento. Em outra ocasião, ele já havia afirmado que o local “fedia a maconha”, o que motivou uma ação judicial por calúnia e danos morais movida pelo proprietário do bar.
Organizações ligadas à defesa dos direitos humanos e movimentos sociais cobram providências do Ministério Público e da Câmara Municipal de Belém.
Histórico de polêmicas e processos
Zezinho Lima é conhecido por suas posições ultraconservadoras e já coleciona diversos episódios polêmicos ao longo de sua atuação política. Em maio deste ano, o Ministério Público do Pará ajuizou uma ação civil pública contra o vereador, cobrando indenização de R$ 500 mil por danos morais coletivos, em razão de falas consideradas homofóbicas e discriminatórias. Em outra frente, Zezinho propôs um projeto de lei tentando proibir a participação de crianças em eventos LGBTQIA+, proposta que foi duramente criticada por juristas e movimentos sociais.
Além disso, o vereador já foi acusado de agredir verbalmente colegas mulheres dentro da Câmara Municipal e de fazer comentários considerados misóginos e ofensivos durante sessões públicas. Em uma fala que gerou repercussão nacional, afirmou que “levar chifre” seria a principal causa da população em situação de rua, citando de forma controversa uma suposta pesquisa da UFPA — que nunca foi apresentada.
Até o momento, o vereador não se pronunciou oficialmente sobre as novas críticas.