A vereadora Marinor Brito (PSOL) foi direta ao avaliar a gestão de Igor Normando (MDB) nos cinco primeiros meses à frente da Prefeitura de Belém. “Eu preferia que ele não tivesse sido eleito!”, afirmou durante participação no podcast Égua do Podcast, ao ser questionada sobre qual nota daria ao novo prefeito. Para a parlamentar, a atual administração iniciou com um processo de desmonte de políticas públicas essenciais para a população mais vulnerável da capital.
Entre as críticas mais contundentes está o fechamento do Restaurante Popular Desembargador Paulo Frota, que servia cerca de 1.300 refeições por dia a R$ 2. O restaurante teve seu contrato encerrado em 31 de janeiro de 2025 e permanece fechado desde então. A prefeitura alegou a necessidade de uma nova licitação, mas ainda não apresentou previsão de reabertura, gerando protestos da população atendida.
Marinor também denunciou a paralisação das atividades do Banco do Povo e do programa Donas de Si, criado para oferecer microcrédito, capacitação e apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente vítimas de violência doméstica e sexual. Embora a prefeitura ainda mantenha registros públicos de cursos e novas turmas em 2025, não houve até agora uma comunicação clara sobre a continuidade efetiva dos atendimentos.
Outro ponto levantado pela vereadora foi o suposto apoio de Normando à articulação para o fim do programa Bora Belém, em parceria com o vereador Zezinho Lima. Segundo ela, trata-se de mais um exemplo de “desmonte de uma política pública construída com participação social e voltada para combater a fome e a miséria”.
A entrevista completa de Marinor Brito ao Égua do Podcast segue repercutindo nas redes sociais, especialmente entre apoiadores de políticas sociais. Ela finaliza sua crítica afirmando que “Belém está sendo empurrada para trás por uma gestão que ignora o sofrimento de seu povo”.