O vereador Coronel Rosses e o vereador Sargento Salazar, ambos do Partido Liberal (PL), se pronunciaram na manhã desta quinta-feira, 17, sobre o pedido de cassação de seus mandatos, protocolado pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes de Manaus, David Lima da Silva, conhecido como “Davi dos Feirantes”. Para os parlamentares, a ação representa uma tentativa do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), de silenciar vozes críticas dentro da Câmara Municipal.
Durante a coletiva, os vereadores adotaram um tom combativo. O vereador Sargento Salazar foi direto ao dizer que a situação apenas reforçará sua atuação. “Agora que o bagulho vai ficar doido pra cima dele. A brincadeira vai começar”, declarou, em recado direto ao prefeito.
Ele afirmou não temer possíveis consequências políticas. “O povo tá do meu lado. É só ver os comentários nos portais quando ele me ataca. Mais de 4.800 pessoas entram num portal pago pela Prefeitura e defendem eu e o Coronel Rosses”, disse.
O vereador também disse que seguirá usando suas redes sociais para denunciar problemas da cidade. “Eu vou continuar vivo, vou continuar com a minha rede social com milhões de seguidores mostrando os problemas da cidade”, garantiu.
Coronel Rosses apoiou as falas do colega e disse que a tentativa de cassação é uma resposta ao trabalho de fiscalização que ambos vêm realizando. “Isso pra mim é um oxigênio, porque eu sei que estou no caminho certo. O prefeito não tá acostumado a ser admoestado. Ninguém pode cobrar, ninguém pode fiscalizar. Eu não vou mudar uma vírgula. Muito pelo contrário, isso vai se acentuar cada vez mais”, afirmou.
Segundo Rosses, o processo foi articulado com influência direta do prefeito. Ele relatou que a representação chegou à Comissão de Ética por meio de um vereador da base do Executivo, que teria acionado diretamente o presidente da comissão, vereador Joelso. “Tudo começou com uma ligação direta do prefeito. Acreditamos que na próxima semana seremos oficialmente notificados”, disse.
O evento também contou com a presença do presidente estadual do PL no Amazonas, Alfredo Nascimento, que prestou apoio integral aos vereadores e criticou a motivação política do pedido de cassação.
“O nosso partido não é um partido qualquer. A municipal tá com vocês, a estadual tá com vocês e a nacional também estará. Nós vamos arranjar uma briga boa”, afirmou.
Nascimento ainda questionou a legitimidade do processo. “Se fizerem isso, a Justiça vai derrubar, porque não há fato gerador pra cassação. Começa com a armação de um sindicato sem legitimidade”, destacou.