Uma influenciadora digital do município de Marabá foi presa na “Operação Quéfren”, deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) em conjunto com as Polícias Civis de São Paulo, Mato Grosso e Pará. A ação ocorreu nas primeiras horas desta quarta-feira, 2, com o objetivo de prender suspeitos de divulgar, fomentar e estimular a prática de jogos ilegais no Brasil.
A ofensiva simultânea abrangeu vários municípios do Ceará, além de Santana de Parnaíba (SP), Cuiabá e Várzea Grande (MT) e Marabá (PA). Até o momento, dez pessoas foram presas e carros de luxo foram apreendidos. Também foram realizados bloqueios de contas bancárias e indisponibilidade de bens.
Com 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão, 23 de busca veicular e 15 de bloqueio de bens e valores, os policiais iniciaram diligências e se deslocaram até os endereços dos alvos. Em Juazeiro do Norte, cidade pertencente à Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19) do Ceará, cinco pessoas foram presas.
Outras cinco capturas ocorreram em outros estados, incluindo o Pará. A influenciadora marabaense, que possuía milhares de seguidores nas redes sociais, utilizava suas plataformas para captar vítimas, promovendo ganhos fictícios em cassinos online.
Esquema de Fraude
As investigações começaram em abril de 2024 e revelaram que influenciadores digitais gravavam vídeos simulando lucros elevados em plataformas de jogos de azar, utilizando contas de teste para iludir seguidores.
A influenciadora paraense fazia parte de uma rede estruturada que incluía gerentes e outros agentes, todos conectados diretamente aos chefes das plataformas, muitos dos quais residiam no exterior, principalmente na China.
Com o avanço das investigações, os policiais identificaram os membros do grupo criminoso, que operava em diversas cidades do Ceará e em outros estados. Além da promoção de jogos ilegais, os envolvidos também praticavam lavagem de dinheiro, movimentando milhões de reais por meio das apostas fraudulentas.
Durante a operação, foram apreendidos 14 veículos de luxo, bloqueadas contas bancárias e tornados indisponíveis diversos bens. Os influenciadores presos foram colocados à disposição da Justiça.