O prefeito de Belém e candidato à reeleição, Edmilson Rodrigues (PSOL), ganhou destaque na mídia nacional por manter 662 assessores vinculados ao seu gabinete.
Dos 662 assessores, 610 ocupam cargos sem a necessidade de concurso público, caracterizando-se como contratações de caráter político. A medida é vista como uma estratégia eleitoral, já que Edmilson é uma aposta do PSOL nas eleições deste ano.
Dados obtidos e divulgados pelo UOL nesta quinta-feira, 19, mostram um aumento expressivo nos gastos com cargos políticos durante a gestão de Edmilson.
No período de janeiro a abril de 2020, o antecessor do atual prefeito destinou R$ 1,8 milhão a esses cargos. Em 2024, o valor chegou a R$ 8,5 milhões no mesmo período, conforme os dados mais recentes.
Um levantamento realizado pelo professor Sergio Praça, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela ainda que 163 dos comissionados são filiados ao PSOL, enquanto 24 pertencem ao PT, partido do vice-prefeito, Edilson Moura.
A revelação dos números trouxe à tona questionamentos sobre o uso de cargos públicos com finalidades políticas e gerou repercussão nacional em um momento crucial da campanha eleitoral.
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