Nesta segunda-feira, 8, o Pronto-Socorro Municipal de Ananindeua, antigo Hospital Camilo Salgado, foi cercado pela Polícia Militar em meio a uma disputa judicial entre os antigos proprietários do local e a prefeitura de Ananindeua. O motivo é um impasse sobre o pagamento da desapropriação da unidade de saúde.
A Justiça determinou que, enquanto a dívida pendente não for quitada integralmente, o antigo Hospital Camilo Salgado deve ser devolvido aos seus proprietários ou a inauguração do novo Hospital Municipal deve ser suspensa. A medida visa garantir que os valores acordados sejam integralmente honrados como compensação pela desapropriação.
Um grupo de moradores de Ananindeua protestou em frente à unidade de saúde contra a tentativa de fechamento do hospital. O embate teve início quando os antigos proprietários moveram um processo judicial contra a Prefeitura, alegando falta de pagamento conforme o acordo de desapropriação do Hospital Camilo Salgado.
O antigo Hospital Camilo Salgado pertence à família do deputado estadual Gustavo Sefer (PSD), que neste domingo, 7, publicou um vídeo nas redes sociais em resposta a acusações do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (MDB), que acusou a família do parlamentar de tentar fechar a unidade de saúde. O prefeito alegou que já pagou R$ 12 milhões e que restam apenas R$ 2 milhões para concluir o pagamento pela desapropriação da unidade.
O parlamentar desmentiu a informação e afirmou que até o momento foram pagos apenas R$ 4 milhões e que os proprietários do antigo hospital recorreram à justiça para que o pagamento fosse finalizado.
Sefer acusou o prefeito de tentar se vitimizar na situação e enfatizou que a ação judicial visa apenas garantir o pagamento do valor acordado. “O pedido foi que ele quitasse o valor que ele ainda deve até hoje dia 7 de julho”, afirmou Sefer.
Foto: Daniel França