Mandados de busca, apreensão e prisão contra influenciadores digitais envolvidas na promoção de jogos de azar ilegais foram cumpridos na manhã desta terça-feira, 18, em Tucuruí, pela Polícia Civil. A ação, que contou com a participação de 36 policiais, resultou na apreensão de veículos de luxo e diversos itens eletrônicos, investigando crimes de associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. Uma blogueira ainda não foi localizada.
Segundo a polícia, a operação Hemera, como foi nominada, tem o objetivo de combater a prática de jogos ilegais, conhecidos como “jogos do tigrinho”. A ação, coordenada pela Superintendência de Polícia Civil de Tucuruí, foi liderada pelo delegado Robson Mendes e contou com o apoio do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) e dos policiais civis de Tucuruí.
Com início às 6 horas, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão temporária e vários mandados de sequestro de veículos de luxo. Entre os alvos estavam influenciadoras digitais, cujas prisões temporárias têm prazo de cinco dias. Diversos itens eletrônicos foram apreendidos para análise e perícia, com o intuito de materializar a conduta criminosa investigada.
O delegado Robson Mendes, Superintendente de Polícia Civil de Tucuruí, destacou que, além dos jogos ilegais, a investigação abrange crimes de associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. “Os crimes, que são graves, como estelionato, cometidos pelas redes sociais, possuem uma pena maior do que furto ou roubo simples, com cinco anos”, diz.
Entre os veículos apreendidos, dois são avaliados em mais de R$ 400 mil. A apreensão visa ressarcir as vítimas que sofreram prejuízos financeiros significativos, com uma delas reportando perdas de até R$ 140 mil.
O diretor da 15ª Seccional Urbana de Polícia Civil, delegado João Paulo, explica a Polícia Civil aguarda que a blogueira não localizada se apresente. “Certamente nos próximos dias, se não se apresentar, a Polícia Civil irá localizá-la para dar cumprimento à esta ordem judicial”, afirma.
Ele ressalta que a investigação, em andamento há alguns meses, identificou o crescimento dessa prática ilícita, impulsionada por influenciadores digitais que utilizavam seu alcance nas redes sociais para atrair pessoas aos jogos ilegais.
Por fim, o delegado Robson enfatiza que a divulgação dos jogos de azar configura contravenção penal e, dependendo da utilização do dinheiro obtido, pode levar ao indiciamento por lavagem de dinheiro. “Todos os materiais apreendidos serão analisados para a polícia entender como é o modus operandi das acusadas”.
Por Danilo Alves, especial para O FATO
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