O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) anulou o pedido de cassação de mandato feito pelo senador Eduardo Braga (MDB) contra o governador do estado, Wilson Lima (União Brasil) e do vice-governador Tadeu de Souza (Avante).
O julgamento que aconteceu nesta terça-feira, 16, considerou de forma unânime, que as alegações apresentadas por Braga eram ‘fracas’ e optou por encerrar o caso.
Braga é conhecido no meio político por sua frequência em litígios judiciais contra oponentes. Desta vez, a tentativa de deslegitimar o cargo de executivo estadual não foi adiante.
Braga queria cassação
Braga buscava a cassação do governador Wilson Lima e do vice-governador Tadeu, após sua derrota nas eleições de 2022. Ele queria assumir o Governo do Amazonas, em uma estratégia semelhante à que empregou com José Melo em 2017.
Na época, apesar de ter derrubado Melo, Eduardo Braga perdeu a eleição suplementar que se seguiu. Essa ‘jogada’ de Braga com Wilson não foi para frente porque o governador possui boas relações com o poder judiciário do estado.
A alegação de Braga era de abuso de poder por parte de Lima em 2022, relacionado à propaganda dos programas Asfalta Manaus e Passe-Livre Estudantil, realizada pela Prefeitura de Manaus.
Entretanto, a desembargadora Carla Reis refutou essa alegação de Braga como ‘fraca’ para cassar um governador eleito nas urnas.
“A situação exposta não ostenta gravidade de interferência no processo eleitoral, premissa para adoção do corolário referente à cassação dos diplomas dos eleitos e à sua respectiva decretação de inelegibilidade”, escreveu a juíza relatora do caso.
Foto: Divulgação/Flickr Eduardo Braga