O vereador Genilson Costa (SD) foi orientado, nos bastidores e a portas fechadas, a se afastar da presidência da Câmara de Boa Vista após o Ministério Público de Roraima (MPRR) o denunciar à Justiça por tráfico de drogas. A denúncia foi oferecida no dia 15 deste mês e se baseia em investigação da Polícia Federal.
A denúncia veio à tona na última segunda-feira, 18. Costa permaneceu o dia em silêncio e só se manifestou altas horas da noite em nota nas redes sociais. Na terça-feira, 19, usou a Tribunal da Casa Legislativa para negar quaisquer envolvimento com o tráfico de drogas, investigado pela operação Tânatos da Polícia Federal, deflagrada em 2022.
Costa, no entanto, rechaçou a proposta e afirmou que não deixará o cargo. Aos aliados, Genilson Costa teria dito que fará de tudo para adiar o processo por pelo menos cinco anos e continuará como vereador, contando com a reeleição possível reeleição em 2024.
Contudo, até aliados estariam ficando distante do presidente após a denúncia para “não queimarem o filme” com o eleitorado às vésperas do ano eleitoral.
No gabinete
A PF chegou ao parlamentar após identificar uma das conversas verificadas no celular de um dos investigados. Nela, um dos denunciados afirmou que R$ 1,5 milhão do montante proveniente do carregamento de droga seria destinado ao vereador “para ajudar na briga pela mesa”, em referência à disputa pela mesa diretora da Câmara Municipal na época.
Segundo a denúncia do MP, mesmo após a prisão do homem que transportou o carregamento de droga, o grupo criminoso continuou a atuar na venda de entorpecentes em Roraima, inclusive com negociações realizadas dentro do gabinete do vereador na Câmara Municipal de Boa Vista.
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