O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou pela primeira vez a prisão na sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta quarta-feira 24, e foi internado no Hospital DF Star, onde passará por uma cirurgia para tratar hérnia inguinal bilateral. A saída ocorreu após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro foi transferido em comboio da Polícia Federal até o hospital no início da manhã e deu entrada para a realização de exames pré-operatórios. O procedimento cirúrgico está marcado para esta quinta-feira 25 e é considerado eletivo, sem caráter de urgência, segundo laudo médico elaborado pela perícia da própria PF.
De acordo com os médicos, o ex-presidente apresenta hérnia inguinal bilateral, condição que afeta os dois lados da região da virilha. A cirurgia prevista é uma herniorrafia, procedimento classificado como de baixo risco e com tempo médio de duração de cerca de três horas. Esta será a oitava cirurgia enfrentada por Bolsonaro desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.
Na decisão, Alexandre de Moraes determinou que apenas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está autorizada a acompanhar o ex-presidente durante a internação. Pedidos da defesa para que os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro atuassem como acompanhantes secundários foram negados, ficando qualquer visita condicionada a autorização prévia do Supremo.
O ministro também estabeleceu regras de segurança para o período de internação. A Polícia Federal deve manter vigilância permanente, com agentes na porta do quarto e equipes dentro e fora do hospital. Está proibida a entrada de celulares, computadores ou outros dispositivos eletrônicos no quarto, com exceção de equipamentos médicos.
Segundo a equipe médica, a previsão é que Bolsonaro permaneça internado entre cinco e sete dias após a cirurgia, para acompanhamento clínico. O hospital informou que não divulgará boletim médico antes da conclusão dos exames e do procedimento cirúrgico.
Bolsonaro está preso desde novembro, inicialmente de forma preventiva, após tentar violar a tornozeleira eletrônica. Dias depois, o STF determinou o início do cumprimento definitivo da pena na própria superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
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