A cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou, nesta sexta-feira (31), a lista com os nomes dos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão. Entre os 117 suspeitos mortos, 13 eram naturais do Pará e, segundo a investigação, ligados ao Comando Vermelho. A ação, iniciada na última terça-feira (28), é considerada a mais letal da história fluminense.
De acordo com o balanço oficial, além das mortes, foram registradas 113 prisões, 10 apreensões de menores, 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver e uma tonelada de drogas apreendidos. As forças policiais continuam mobilizadas em diversas áreas das zonas Norte e Oeste do Rio para identificar possíveis remanescentes do grupo.
Entre os detidos estão Rodrigo de Jesus Coelho, conhecido como “RD”, e Joelison de Jesus Barbosa, o “Fuzue”, apontados como lideranças da facção em Tucuruí, no sudeste do Pará. A região é considerada estratégica para o tráfico por causa da floresta densa, que facilita o transporte e o armazenamento de drogas e armas.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, os dois estavam sendo monitorados havia meses por equipes estaduais. O trabalho de inteligência apontava conexões diretas com o núcleo da facção instalado nas comunidades cariocas.
Um relatório conjunto da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e da Direção Nacional de Inteligência da Colômbia aponta que rios da Amazônia vêm sendo utilizados como rotas de tráfico internacional, com o Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), citado como um dos principais pontos de escoamento. O estudo ainda indica que o Comando Vermelho tem ampliado suas operações na Tríplice Fronteira, consolidando-se como uma das facções de maior alcance no país.
O secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, afirmou que os complexos da Penha e do Alemão funcionam como “quartel-general” nacional do Comando Vermelho. Segundo ele, o local servia para o treinamento de criminosos enviados por diversos estados, que retornavam às suas regiões de origem para expandir as células da organização.
Do total de mortos, 78 tinham histórico criminal e 42 estavam foragidos da Justiça. Além dos 13 paraenses, as vítimas vieram de outros estados: sete do Amazonas, seis da Bahia, quatro do Ceará, quatro de Goiás, três do Espírito Santo, um do Mato Grosso e um da Paraíba.
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