O príncipe William, herdeiro do trono do Reino Unido, participará da COP30 em Belém, no Pará, representando o rei Charles 3º. A conferência climática da ONU (Organização das Nações Unidas) ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro, reunindo líderes globais, ativistas e empresas em busca de soluções para conter o avanço das mudanças climáticas.
Segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Palácio de Buckingham, William estará em Belém no dia 6 de novembro para integrar a cúpula de líderes mundiais, evento que antecede a reunião principal da conferência. O rei Charles, que é um defensor histórico da causa ambiental, não participará desta edição, delegando ao filho a representação britânica.
Antes da COP30, o príncipe participará, no dia 5 de novembro, da cerimônia do Earthshot Prize no Rio de Janeiro. Criado por sua fundação em 2020, o prêmio reconhece soluções inovadoras para os principais desafios ambientais da década.
Nesta edição, há dois concorrentes brasileiros entre os 15 finalistas: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e a empresa re.green, que atua em projetos de restauração florestal. Cinco iniciativas receberão prêmios de 1 milhão de libras esterlinas cada, o equivalente a cerca de R$ 7 milhões.
O anúncio da viagem ocorreu após uma rara aparição conjunta de William e do rei Charles em um evento no Museu de História Natural de Londres, intitulado “Contagem Regressiva para a COP30: Mobilizando Ações pelo Clima e pela Natureza”. Ambos se reuniram com o embaixador brasileiro no Reino Unido e conheceram projetos desenvolvidos por pesquisadores britânicos para enfrentar a crise climática.
“Por mais de cinco décadas, o rei usou sua plataforma para defender a sustentabilidade, destacando a conexão fundamental entre a humanidade e a natureza”, informou o Palácio de Buckingham em nota.
A presença de William no Brasil ocorre em um contexto global de divisão sobre a agenda climática. Alguns países, como os Estados Unidos e o Reino Unido, vêm reduzindo o ritmo de compromissos ambientais em meio a pressões econômicas e políticas internas.
Recentemente, o presidente norte-americano Donald Trump chamou a mudança climática de “a maior fraude do mundo”, enquanto líderes britânicos da oposição defenderam a ampliação da exploração de petróleo no mar do Norte.
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