novembro 18, 2025
InícioParáSTF suspende temporariamente investigações da Força-Tarefa contra prefeito de Ananindeua

STF suspende temporariamente investigações da Força-Tarefa contra prefeito de Ananindeua

Decisão cita troca irregular de promotor e falta de aprovação do Conselho Superior do Ministério Público

Publicado em

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu de forma temporária todas as investigações, inquéritos policiais e procedimentos criminais instaurados no âmbito da Força-Tarefa Ananindeua contra o prefeito Daniel Santos (PSB). A medida, assinada nesta quinta-feira (2), tem caráter liminar e vale até que o Supremo julgue definitivamente o caso.

A decisão atende a uma Reclamação Constitucional apresentada pela defesa do prefeito, que questionou a portaria do Ministério Público do Pará (MPPA) que criou a força-tarefa. O argumento foi de que a Procuradoria-Geral de Justiça retirou a apuração da 4ª Promotoria Criminal de Ananindeua, que já tinha atribuição legal, e repassou o caso a outros promotores escolhidos diretamente, sem respeitar as regras fixadas pelo STF.

Para Moraes, a substituição ocorreu de maneira irregular porque não houve o consentimento do promotor natural — ou seja, o responsável original pelo caso — nem a aprovação do Conselho Superior do Ministério Público, órgão colegiado que deve autorizar esse tipo de mudança. “A substituição sem consentimento e sem deliberação colegiada viola o princípio do promotor natural e cria a figura de acusadores de exceção”, afirmou o ministro.

Com isso, todos os procedimentos da força-tarefa ficam suspensos até o julgamento do mérito da Reclamação pelo plenário do Supremo. Moraes determinou ainda que a Procuradoria-Geral de Justiça do Pará apresente explicações no prazo de dez dias, antes de o processo ser analisado pela Procuradoria-Geral da República.

Base para a decisão do STF

A decisão segue a linha de entendimento do STF desde 2003, quando a Corte julgou a ADI 2.854 e estabeleceu que o Procurador-Geral não pode retirar um caso de um promotor e repassá-lo a outro sem o consentimento do responsável e sem autorização do Conselho Superior. O objetivo é evitar manipulações e proteger a independência do Ministério Público.

Veja o documento:

Veja também:

MPPA denuncia Daniel Santos por corrupção e fraude em licitações que somam mais de R$ 100 milhões

Acesse o nosso perfil no Instagram

spot_img

Últimos Artigos

Polícia Federal detecta mais de dois mil drones irregulares na COP30

A Polícia Federal (PF) divulgou dados parciais sobre a detecção e o bloqueio de...

Zé Haroldo Cathedral assegura continuidade das obras de pavimentação nos bairros da capital

O deputado federal Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR) esteve, nesta segunda-feira, no bairro Ayrton Rocha...

Noite do Empreendedor 2025 acontece nesta quarta, 19, com palestra de CEO do Rock in Rio

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Roraima (Sebrae Roraima)...

Mesmo sob pressão, vereadores de David Almeida aprovam reforma da previdência

A Câmara Municipal de Manaus aprovou, nesta segunda-feira (17 de novembro), a reforma da...

Mais como este

Polícia Federal detecta mais de dois mil drones irregulares na COP30

A Polícia Federal (PF) divulgou dados parciais sobre a detecção e o bloqueio de...

Zé Haroldo Cathedral assegura continuidade das obras de pavimentação nos bairros da capital

O deputado federal Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR) esteve, nesta segunda-feira, no bairro Ayrton Rocha...

Noite do Empreendedor 2025 acontece nesta quarta, 19, com palestra de CEO do Rock in Rio

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Roraima (Sebrae Roraima)...