O empresário George Washington de Oliveira Sousa, natural de Xinguara, no sudeste do Pará, segue foragido há mais de 45 dias após ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 25 de junho deste ano. Ele foi condenado em maio de 2023 a nove anos e quatro meses de prisão por tentar instalar uma bomba no eixo traseiro de um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022. O artefato foi descoberto pelo motorista e não chegou a explodir.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o objetivo de George Washington era provocar medo generalizado e criar um estado de exceção no país após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. Investigações apontam que o acusado gastou cerca de R$ 170 mil em armamentos e afirmou estar “preparado para a guerra”, aguardando uma suposta convocação do Exército.
No início deste ano, sua pena havia sido convertida para regime aberto. No entanto, o STF reassumiu o caso por conexões com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em 18 de julho, já em “local incerto e não sabido”, ele foi convocado por edital para se apresentar, mas não houve manifestação da defesa, que atualmente não conta com advogado constituído.
George Washington é ex-proprietário da empresa “G W de O Sousa & Cia Ltda Epp”, multada pelo Ibama, e que posteriormente passou a se chamar Petróleos Miramar, com atuação em Belém. Casado e pai de dois filhos, ele segue sendo procurado pela Polícia Federal.