O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) intensificou as ações de fiscalização na Terra Indígena Kayapó, no sudeste do Pará, como parte de uma operação conjunta de desintrusão coordenada pela Casa Civil da Presidência da República. A iniciativa, que completa 75 dias, tem como objetivo retirar invasores do território tradicionalmente ocupado por povos indígenas e combater o garimpo ilegal.
Com o apoio do Centro de Operações Aéreas (Coaer) do Ibama, os agentes ambientais chegaram aos últimos pontos de garimpo ainda ativos na região, realizando a inutilização de maquinário pesado e estruturas utilizadas na mineração ilegal. Ao todo, foram destruídos 117 acampamentos clandestinos, 358 motores de garimpo, 25 escavadeiras hidráulicas, oito dragas e cerca de 21.330 litros de óleo diesel.
Desde o início da operação, já foram realizadas 619 ações de campo dentro da Terra Indígena, demonstrando o esforço articulado do Estado brasileiro para assegurar os direitos dos povos originários e preservar o meio ambiente. A operação envolve também o Ministério dos Povos Indígenas, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Polícia Federal, a Força Nacional, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e o Exército Brasileiro, entre outros órgãos.
O Ibama reforça que as atividades ilegais de garimpo provocam danos ambientais severos e, muitas vezes, irreversíveis. Os impactos incluem a contaminação de rios, a degradação do solo e a destruição de ecossistemas locais, além de representar uma ameaça direta à saúde e à segurança das comunidades indígenas da região.


