O prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante), que agrediu um jornalista durante a cobertura da COP30 em Belém neste mês, foi acusado de agredir outro profissional da imprensa em 2021. A denúncia é do jornalista Felipe Tommy, que afirma ter sido alvo de cusparadas, xingamentos e ameaças dentro de uma delegacia no município, durante uma abordagem de rotina para obter informações sobre a cassação do então mandato de vereador de Goiano.
Segundo o relato, o episódio ocorreu quando Goiano estava sem mandato e já respondia a uma série de processos. Tommy afirma que, ao fazer uma pergunta sobre a cassação, recebeu duas cusparadas no rosto e foi ofendido com agressões verbais. Ele disse que a violência teria ocorrido “simplesmente”, porque estava exercendo seu trabalho jornalístico.
O jornalista afirma ter levado o caso ao Ministério Público, mas o procedimento não avançou após Goiano retornar ao cargo e retomar o foro privilegiado. Tommy também relata que depois do episódio passou a sofrer intimidações e ameaças de morte.
Em 2023, o prefeito teria, diante de testemunhas, declarado que queria atirar na cabeça do jornalista, além de haver registros de mensagens de WhatsApp com ameaças físicas.
Agressão na COP30
O caso voltou à tona após a agressão registrada durante a COP30, quando o repórter Wesley Costa foi atingido com um tapa no rosto. Na mesma ocasião, as jornalistas Isis Bem e Vanessa Araújo relataram xingamentos e ofensas de cunho de gênero. O exame de corpo de delito feito por Wesley aponta lesão traumática na mucosa bucal direita, compatível com violência física.
Após a repercussão do episódio em Belém, Goiano teve a credencial de acesso ao evento suspensa pela segurança da ONU. O prefeito publicou vídeos nas redes sociais negando as acusações e afirmando que estaria sendo alvo de perseguição.
Veja o vídeo:
Saiba mais:
Perícia confirma agressão a jornalista em episódio envolvendo prefeito de Parauapebas na COP30
Acesse o nosso perfil no Instagram


