O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) interrompeu os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS para tocar uma música feita em homenagem a ele mesmo durante a sessão desta terça-feira (18), em Brasília. A reunião tinha como objetivo ouvir João Carlos Camargo, conhecido como “alfaiate dos famosos” e suspeito de receber R$ 24 milhões desviados do Instituto Nacional do Seguro Social.
O parlamentar chamou a atenção dos colegas para que todos parassem o interrogatório e ouvissem o áudio. A interrupção desviou o foco da oitiva e levou a presidência da CPMI a intervir para retomar a ordem e dar sequência ao trabalho previsto. A cena gerou risadas entre os presentes.
Logo após a repercussão, Chrisóstomo explicou sua decisão, afirmando que a música mencionava o trabalho da comissão. “O autor fez por conta própria uma música para falar da CPMI e do trabalho de todos aqui. Eu me emocionei, e isso serve para cada um de vocês que está construindo uma nova rota no nosso Congresso Nacional”, declarou.
Antes de tocar o áudio, o deputado pediu autorização e solicitou atenção dos parlamentares. “Eu gostaria de pedir autorização para colocar o que me enviaram e me emocionou. Esqueçam o nome Coronel Chrisóstomo. Não é carnaval, não é nada. É uma música que os senhores vão prestar atenção, por favor”.
A CPMI foi criada para investigar denúncias de fraudes envolvendo aposentados e pensionistas, incluindo suspeitas de empréstimos consignados fraudulentos e descontos indevidos em benefícios previdenciários.
TCU investiga suspeita de nepotismo no gabinete de Chrisóstomo
Recentemente, o parlamentar passou a ser alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que instaurou procedimento em 11 de novembro de 2025 para apurar suspeita de nepotismo no gabinete de Chrisóstomo, após representação do Ministério Público junto ao TCU.
A peça aponta a nomeação de sua companheira, da cunhada e de dois concunhados, com mais de R$ 2,1 milhões pagos em remunerações desde 2020. Após questionamentos da imprensa, o deputado informou ter exonerado os quatro nomeados, mas o MP-TCU afirma que as exonerações não afastam eventual responsabilização e solicita comprovação da efetiva prestação dos serviços.
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