A partir do próximo dia 27 de outubro, o Aeroporto Internacional de Belém passará a contar com voo direto para Bogotá, na Colômbia, operado pela Avianca, em aeronaves Airbus A320 Neo, com capacidade para até 180 passageiros. A nova rota, com três frequências semanais, marca mais um avanço na expansão da conectividade aérea da capital paraense e reforça o posicionamento estratégico da cidade às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em 2025.
Nos últimos anos, a malha aérea internacional de Belém passou por ampliação significativa, com novos voos e aumento de frequências de companhias como Azul Linhas Aéreas, TAP Air Portugal e Air France. Atualmente, o aeroporto opera cerca de 38 voos internacionais por semana, conectando a capital paraense a destinos na América do Norte, América do Sul e Europa, como Miami, Fort Lauderdale, Paramaribo, Caiena e Lisboa.
Segundo o secretário de Turismo do Pará, Eduardo Costa, o investimento em novas rotas faz parte de uma estratégia integrada do Governo do Estado para fortalecer o turismo e as relações comerciais.
“Os novos voos fazem parte de uma estratégia do Governo do Estado para impulsionar o turismo, ampliar a conectividade e fortalecer relações comerciais, consolidando o Pará como uma porta de entrada estratégica da Amazônia e do Brasil para o mundo”, afirmou.
Crescimento da malha e aumento do movimento
De janeiro a setembro de 2025, o Aeroporto Internacional de Belém registrou mais de 132 mil passageiros em 1.365 voos internacionais regulares, de acordo com dados da Norte da Amazônia Airports (NOA). O número representa aumento de 54% no fluxo de viajantes e 90% nas frequências internacionais em relação ao mesmo período de 2023 — ano em que Belém foi confirmada como sede da COP30.
O crescimento foi impulsionado pela consolidação de rotas existentes e pela chegada de novas operações. Desde 2023, Belém passou a contar com ligações regulares para Fort Lauderdale (Azul), Lisboa (TAP), Paramaribo (Surinam Airways e Gol) e Caiena (Air France). Em junho de 2025, a Gol inaugurou o voo regular Belém–Miami, também com três frequências semanais.
Expansão contínua e impactos da COP30
Durante o período da COP30, a movimentação aérea deverá atingir um dos maiores volumes da história do aeroporto. A NOA projeta atender 508 mil passageiros entre 1º e 23 de novembro, em 3.122 voos programados — um crescimento de quase 100% em relação ao mesmo período de 2024.
Além da Avianca, outras companhias também reforçarão suas operações:
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Latam oferecerá voos sazonais para Bogotá;
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Air France ampliará as frequências para Caiena;
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TAP Air Portugal utilizará aeronaves de maior capacidade na rota para Lisboa;
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Latam e Gol também vão expandir suas malhas domésticas para atender à demanda do evento.
Turismo e economia em alta
A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) estima que o Pará receba cerca de 1,5 milhão de visitantes em 2025, impulsionado pela COP30, com crescimento de mais de 20% no setor turístico. Em 2024, o estado já havia recebido 1,2 milhão de turistas, um aumento de 15,4% em relação a 2023, gerando R$ 870 milhões em receitas provenientes do turismo nacional e internacional.
Modernização da infraestrutura
O Aeroporto Internacional de Belém passou por um amplo processo de modernização, que incluiu a expansão da área de embarque, de 1.593 m² para 4.303 m², e o aumento do embarque remoto, de 265 m² para 835 m², além de melhorias operacionais e de conforto para os passageiros.
De acordo com o diretor-presidente da NOA, Marco Antônio Migliorini, o terminal está pronto para atender ao crescimento da demanda.
“O aeroporto está preparado não apenas para grandes eventos como a COP30, mas também para acompanhar os próximos anos de expansão do turismo, da economia e da mobilidade aérea na região Norte”, destacou.
Experiência dos passageiros
Para os usuários, a ampliação da malha internacional representa ganhos diretos em comodidade, economia e tempo de viagem. O arquiteto e urbanista Carlos Alberto Soares relata que as novas rotas têm tornado os deslocamentos mais acessíveis e eficientes.
“Os novos voos têm facilitado a vida de quem viaja, com menos conexões, mais opções de companhias e preços mais acessíveis. O voo direto para os Estados Unidos, por exemplo, permitiu que eu realizasse o sonho da minha filha de comemorar os 15 anos em família”, contou.
Com novas conexões, infraestrutura modernizada e alta expectativa para a COP30, Belém se consolida como um dos principais hubs aéreos da Amazônia, reforçando sua importância estratégica no turismo, na economia e na integração internacional do Brasil.


