O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (2), durante cerimônia na Ilha do Marajó, no Pará, que estuda a criação de uma universidade federal na região. A demanda foi apresentada pelo prefeito de Breves, Xarão Leão, que destacou a tramitação de dois projetos de lei sobre o tema no Congresso Nacional.
“Uma coisa que me agrada muito é quando eu chego numa cidade e as pessoas começam a pedir educação. Se tem uma coisa que me faz acreditar no futuro desse país é quando as pessoas começam a desejar mais escolas. E vocês fizeram uma reivindicação de uma universidade no Marajó. Se o ministro chegar à conclusão que é necessário, nós vamos fazer essa universidade”, declarou Lula.
Além da possibilidade da nova instituição de ensino superior, o presidente participou da entrega de duas escolas em Breves e uma em Melgaço, na Orla de Breves, todas concluídas com recursos do Novo PAC. Ao todo, mais de 40 obras educacionais já foram finalizadas no arquipélago, muitas delas paradas há mais de dez anos, com investimento de R$ 34,7 milhões.
Durante o ato, também foi assinada ordem de serviço para retomada de sete obras em Melgaço, somando mais de R$ 3 milhões. Serão construídas duas escolas de duas salas, três de seis salas, uma creche pré-escola tipo C e uma quadra escolar coberta com vestiário.
Lula criticou a paralisação de empreendimentos públicos iniciados em gestões anteriores. “Obras começadas em 2014, em 2012, obras que o Ministério da Educação tinha colocado recursos junto com os prefeitos estão sendo inauguradas 15 anos depois. Quando você deixa uma obra paralisada porque foi o seu adversário político que começou, você não tem nenhum respeito com as pessoas da sua cidade, porque a obra não é para o prefeito, é para o povo brasileiro”, afirmou.
O presidente também destacou a necessidade de garantir energia elétrica para todas as famílias marajoaras. Ele pediu que prefeitos da região apresentem listas com residências ainda sem fornecimento. “Eu quero acabar com qualquer casa que não tenha energia elétrica. Não é possível que as pessoas ainda vivam sob a luz de um candeeiro”, disse.
O governador do Pará, Helder Barbalho, ressaltou a parceria com o governo federal. “Se hoje nós podemos festejar a colheita dessa transformação da realidade da Educação, é importante a percepção de que Brasília é distante, e precisamos vir aqui no Marajó para entender os desafios e construir soluções. É esse trabalho que faz com que nós consigamos, hoje, virar a página do abandono”, afirmou.
O ministro da Educação, Camilo Santana, lembrou que 133 obras estão em retomada na região e 43 já foram entregues. Segundo ele, o benefício atinge diretamente as famílias: “fazem diferença na vida das pessoas, como uma creche onde os pais possam deixar seus filhos com tranquilidade para ir trabalhar”.
A presidenta do FNDE, Fernanda Pacobahyba, explicou que a retomada só foi possível com ajustes legais que permitiram a atualização dos valores dos contratos. O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou ainda a prioridade em outras áreas, como habitação. Ele anunciou a retomada de 220 unidades do Minha Casa, Minha Vida em Breves, paralisadas desde 2010.
No total, 115 empreendimentos educacionais fazem parte do pacto de retomada no Marajó, com impacto em 24.596 estudantes. Breves lidera a lista com 20 obras concluídas. Curralinho, Portel, Cachoeira do Arari, Melgaço, Oeiras do Pará, Salvaterra e Bagre também já registram entregas.
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