A greve geral da construção civil em Belém chegou ao fim nesta quarta-feira (24/9), após nove dias de paralisação. A categoria decidiu aceitar a proposta apresentada pelos empresários do setor, encerrando a mobilização que havia afetado cerca de 70% das obras em andamento na capital, incluindo projetos estratégicos para a COP30, como o Porto Futuro II e a Vila COP 30 — local onde está prevista a hospedagem de chefes de Estado. As informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de Belém (STICMB), ao menos 5 mil operários participaram do movimento iniciado em 16 de setembro. As principais pautas eram reajuste salarial maior, melhores condições de trabalho, maior inclusão de mulheres nos canteiros de obras e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) paga em duas parcelas de R$ 378.
A reivindicação inicial dos trabalhadores previa um aumento de 10,25% nos salários, mas o sindicato chegou a negociar um reajuste de 9,5%. Já os empregadores ofereceram, de início, 5,5% de reajuste salarial, 3% de acréscimo na PLR e R$ 10 a mais na cesta básica.
O acordo fechado ficou aquém do que a categoria pretendia. O reajuste salarial acertado foi de 6,5%, enquanto a cesta básica — que antes era de R$ 110 — passou para R$ 160, um aumento de 45%. Apesar do avanço, o valor segue distante do custo real da cesta em Belém, calculado em R$ 687,30 pelo Dieese. A PLR foi fixada em R$ 350.
O Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Siduscon-PA) informou que vai acompanhar a assinatura do acordo e o processo de implementação da Norma Coletiva, que definirá as novas regras salariais e de benefícios pactuadas após a paralisação.
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