O deputado federal Pastor Diniz (União Brasil) confirmou, em entrevista à Rádio Folha neste domingo, 21, que o colega Nicoletti está de saída do União Brasil e deve se filiar ao Partido Liberal (PL), mesmo partido do vice-prefeito de Boa Vista, Marcelo Zeitoune. “Ele manifestou o interesse e já está construindo isso de ir para o PL”, afirmou Diniz, que recentemente assumiu a presidência estadual da sigla.
A mudança de partido ocorre depois da disputa interna entre Nicoletti e a deputada estadual Catarina Guerra (União Brasil) pela candidatura à Prefeitura de Boa Vista em 2024. Nicoletti chegou a ser lançado pelo diretório municipal, mas perdeu a vaga quando a Catarina recorreu à direção nacional, que anulou a convenção e a oficializou como candidata. Ela ficou em segundo lugar, perdendo a disputa para Arthur Henrique (MDB), que foi reeleito com mais de 70% dos votos no primeiro turno.
Diniz explicou que a saída de Nicoletti foi definida após uma reunião com o presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda. Ele relatou que houve um encontro com Rueda, Nicoletti e a atual direção da legenda em Roraima. Na ocasião, segundo Diniz, ficou acertado que Nicoletti não teria mais condições de permanecer à frente do partido no estado e seria preciso definir seus próximos passos.
“Rueda deixou claro que não tinha mais condições dele permanecer na presidência e quais seriam os planos futuros dele, se queria permanecer no partido. Ele fez uma carta de renúncia com toda a diretoria que compunha junto com ele”, relatou o deputado.
Diniz reitera apoio a Damião e Denarium em 2026
Com a saída de Nicoletti, o comando do União Brasil em Roraima foi reorganizado. “Nós vamos prestigiar, no mesmo formato que era anteriormente, Catarina Guerra como primeira vice-presidente, Cláudio Cirurgião como segundo vice-presidente e Jorge como terceiro vice-presidente. O vereador da capital, David Carneiro, será o secretário do partido”, detalhou Diniz.
Ele afirmou que a prioridade agora é estruturar o partido em todos os municípios. “Queremos trabalhar nesse formato para que a União Brasil esteja preparada para as eleições do ano que vem e, principalmente, para 2028, nas disputas municipais”, disse.
Sobre os próximos passos, Diniz reforçou que a sigla seguirá alinhada ao grupo político do governador Antonio Denarium (PP) e do vice-governador Edilson Damião (Republicanos). “Hoje o candidato natural ao governo é o Edilson Damião, e o governador Denarium, se resolver sua situação de inelegibilidade, é candidato natural ao Senado. O que nós queremos é estar na mesa para discutir esses assuntos”, afirmou.
Ele acrescentou que, em caso de eleições suplementares, o cenário pode mudar. “Se ocorrer eleições suplementares, aí tem outro cenário, porque sai Denarium, sai Edilson, e fica um contexto aberto, principalmente com a saída do senador Messias para o Tribunal de Contas. O União Brasil, dentro da federação, quer ter lugar na mesa para discutir essas definições”, completou.
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