A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (8) a Operação Ouro Negro, voltada ao combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Segundo a corporação, as investigações são preliminares e começaram após a apreensão de duas toneladas de cassiterita no Aeroporto Internacional de Boa Vista.
Na ocasião, a pessoa responsável pelo despacho do minério apresentou documentação que indicava suposta regularidade, o que impediu a prisão em flagrante. Conforme a PF, perícia em processos ambientais revelou irregularidades na tramitação de licenças usadas para dar aparência de legalidade ao minério extraído de forma ilícita.
De acordo com a corporação, foi identificado um esquema de facilitação na emissão dessas licenças. A operação cumpre 13 mandados de busca e apreensão em Roraima, Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro, além de ordens de bloqueio de valores que ultrapassam R$ 265 milhões e suspensão de atividades econômicas de empresas investigadas.
A ação integra a Operação Libertação, executada para atender decisão do Supremo Tribunal Federal no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, que determina medidas de desintrusão da Terra Indígena Yanomami.
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