O prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (MDB), foi oficialmente afastado do cargo nesta terça-feira (5) após ser alvo da Operação Hades, deflagrada pelo Ministério Público do Pará (MPPA). A investigação apura o envolvimento do gestor em uma organização criminosa dentro da estrutura da prefeitura, suspeita de cometer crimes como corrupção, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
A ação investiga a atuação de uma organização criminosa supostamente instalada dentro da Prefeitura Municipal de Ananindeua, com envolvimento direto do prefeito e de servidores públicos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao gestor, incluindo sua residência, no condomínio Castanheira, e na sede da prefeitura. Também houve apreensão de bens, como aeronaves e veículos de luxo. A operação teve apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Em nota, a Comunicação Estratégica da Prefeitura de Ananindeua classificou a operação como uma “pública e notória perseguição política”, afirmando que o caso é uma tentativa de interferência nas eleições de 2026. O texto acusa membros da família Barbalho de influenciarem promotores estaduais para “criar uma falsa narrativa” e menciona que o afastamento teria ocorrido “sem direito à defesa prévia”.
“Não há nada a temer. Sou pré-candidato ao governo do estado e vamos lutar até o fim para libertar o Pará de uma ditadura que engana o povo e persegue quem não se ajoelha aos seus desmandos”, diz o comunicado.
O MPPA informou que o processo segue sob segredo de Justiça e que os elementos colhidos nas investigações indicam fortes indícios de desvios de recursos públicos e outras irregularidades na gestão municipal de Ananindeua.
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