O prefeito de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, Daniel Santos, anunciou oficialmente sua pré-candidatura ao Governo do Pará. Em vídeo publicado nas redes sociais no início da tarde desta terça-feira, 5, o prefeito afirmou que essa é a única maneira de derrotar a “diatadura” do governador Helder Barbalho (MDB).
O anúncio ocorre horas após Daniel Santos ter sido alvo de uma operação do Ministério Público do Pará (MPPA), que apura o envolvimento do gestor em uma organização criminosa instalada dentro da estrutura da prefeitura, suspeita de cometer crimes como corrupção, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
“Agora, mais do que nunca, está confirmado, eu sou pré-candidato ao Governo do Pará. Com esse triste e infeliz pedido hoje do Ministério Público Estadual, esse é o único caminho possível pra gente derrotar a ditadura dos Barbalhos”, iniciou.
O prefeito segue afirmando que é alvo de perseguição política encabeçada pelo governador Helder Barbalho. Ele diz, ainda, que sequer pôde se defender e foi afastado do cargo.
“Pra vocês entenderem a que ponto chegou essa perseguição, pediram meu afastamento baseado em uma história mentirosa, sem ao menos me dar oportunidade de me defender. Esse tipo de situação vocês só vão encontrar em um tipo de regime, nas ditaduras. Isso contra o prefeito, que graças a cada um de vocês, foi reeleito com a segunda maior votação proporcional do país. Nós vamos recorrer e temos certeza que vamos vencer mais esse absurdo. Porque tenho certeza absoluta da minha boa conduta, porque sou filho do trabalho”, conta.
Operação Hades
A Operação Hades, deflagrada nesta terça-feira, 5, investiga a atuação de uma organização criminosa supostamente instalada dentro da Prefeitura Municipal de Ananindeua, com envolvimento direto do prefeito e de servidores públicos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao gestor, incluindo sua residência, no condomínio Castanheira, e a sede da prefeitura. Também houve apreensão de bens, como aeronaves e veículos de luxo. A operação contou com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar.