junho 8, 2025
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Desembargadora é notificada por manter doméstica por 30 anos sem direitos trabalhistas em Manaus

Trabalhadora de 65 anos prestou serviços por mais de 30 anos sem registro na casa de desembargadora em área nobre de Manaus

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Uma desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11) foi notificada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) durante uma fiscalização em Manaus por manter, por mais de 30 anos, uma trabalhadora doméstica sem registro em carteira, sem recolhimento de contribuições previdenciárias e sem acesso a direito trabalhista garantido pela legislação.

A trabalhadora, hoje com 65 anos, atuava de forma contínua na residência da magistrada, localizada em um bairro de alto padrão da capital amazonense.

O caso foi identificado durante uma operação nacional voltada à regularização do trabalho doméstico, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da União (DPU).

A ausência de vínculo formal compromete o direito à aposentadoria da funcionária. O nome da desembargadora não foi divulgado, e o processo de apuração segue em curso. Se confirmadas as irregularidades, o MTE poderá aplicar sanções administrativas e exigir o pagamento dos direitos devidos.

Resgate de mulher de 34 anos após duas décadas em situação trabalhista irregular

Na sexta-feira, 6, uma força-tarefa coordenada pelo MTE resultou no resgate de uma mulher de 34 anos que trabalhava em condições análogas à escravidão em outra residência no bairro Ponta Negra.

Segundo a Inspeção do Trabalho, a mulher começou a prestar serviços aos 12 anos, com a promessa de que cuidaria de uma idosa e teria acesso à educação e boas condições de vida. No entanto, por 22 anos, atuou como empregada doméstica e também na produção de doces vendidos pelo empregador, sem registro formal, salário fixo ou direitos garantidos.

De acordo com os auditores fiscais, a vítima vivia em um quarto sem ventilação adequada, guarda-roupa ou itens básicos de higiene. Chegou a trabalhar descalça e, em determinados períodos, não tinha sequer xampu. Em depoimento, relatou que recebia comida, abrigo e pagamentos esporádicos, e que a relação era justificada pela família com o argumento de que ela “fazia parte da família”.

A operação foi realizada no dia 5 de junho, após investigações iniciadas no fim de maio. A vítima foi acolhida pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Amazonas (Sejusc) e encaminhada ao convívio de seus familiares biológicos.

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