Em um vídeo publicado nas redes sociais, o fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, acusou o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e a sua família, de serem uma “facção criminosa corrupta que atua no estado do Pará há muito tempo”.
A declaração foi feita no contexto de um discurso em que Santos comentava a atuação de facções criminosas no Brasil, com ênfase no Rio de Janeiro. Segundo ele, “não se pode entregar a guerra ao crime para bandidos”, e afirmou que há grupos políticos que usam o discurso de combate ao crime organizado apenas como palanque.
“Barbalho, você é um faccionado. Você integra uma das facções mais perigosas do Brasil. A facção Barbalho é uma organização criminosa que rouba dinheiro público e sabota o país”, afirmou o militante, que também se definiu como um dos principais detratores do governo Lula.
Renan ainda denunciou o que chamou de censura à realização de um evento alternativo à COP da Amazônia — o chamado “COP do Agro”, idealizado por grupos ligados ao agronegócio como uma resposta crítica ao evento oficial, a ser realizado no estado do Pará.
De acordo com ele, o governo do Pará teria proibido o evento em nota oficial, impedindo o uso de espaços públicos e privados durante o período da COP oficial, prevista para ocorrer em Belém. “O governo Barbalho emitiu nota proibindo o evento da COP do Agro. Toda a infraestrutura pública e privada estará reservada à COP oficial, o que inviabiliza qualquer evento paralelo. Isso é sabotagem”, denunciou.
As falas inflamadas geraram repercussão nas redes sociais e colocam em evidência um embate político e ideológico em torno da realização da COP da Amazônia, marcada para acontecer em Belém em novembro de 2025. Até o momento, o governo do Pará não se pronunciou oficialmente sobre as acusações de Renan Santos