O Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus emitiram notas de pesar, nesta segunda-feira, 26, lamentando o falecimento do compositor amazonense Paulo Juvêncio de Melo Israel, conhecido como Paulo Onça. Ele morreu aos 63 anos, em Manaus, onde estava internado desde dezembro do ano passado, após uma agressão sofrida durante um acidente de trânsito.
Em nota, o Governo do Amazonas destacou o legado de Paulo Onça, autor de mais de 130 músicas e parceiro de grandes nomes da música brasileira, como Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e o grupo Exaltasamba. O compositor também assinou sambas-enredo para escolas de samba locais e do Rio de Janeiro, sendo lembrado especialmente pelo enredo da Acadêmicos da Grande Rio em homenagem à cantora Ivete Sangalo, no Carnaval de 2017.
O primeiro grande sucesso de Paulo Onça foi o samba-enredo “Nem Verde e Nem Rosa”, que levou a Escola de Samba Vitória Régia ao título do Carnaval de Manaus em 1990. Segundo o Governo do Estado, o sambista deixa uma contribuição marcante à cultura popular, com versos que emocionaram multidões e ajudaram a consolidar o samba como expressão fundamental da identidade amazonense.
O prefeito de Manaus, David Almeida, também lamentou a perda, afirmando que Paulo Onça “foi mais do que um sambista: foi a alma do samba de Manaus”. Ele destacou que o artista dedicou mais de 45 anos à música e à valorização da cultura local, sendo responsável por projetar Manaus no cenário nacional.
A Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) anunciou que acompanhará os trâmites do velório e das homenagens póstumas. O diretor-presidente da fundação, Jender Lobato, ressaltou a importância do compositor para a cena cultural manauara e sua luta em defesa da cultura popular.