A Polícia Civil de Roraima prendeu novamente, de forma preventiva, o estelionatário P.W.A.N., de 37 anos, suspeito de liderar um esquema sofisticado de fraudes contra empresários e produtores rurais do estado. A detenção ocorreu nesta quarta-feira (14), no município de Pimenta Bueno, em Rondônia, durante a segunda fase da Operação Praga Financeira.
A ação foi coordenada pelo delegado Pedro Ivo, titular do 1º Distrito Policial de Boa Vista, e contou com apoio da Polícia Penal local. Além da prisão, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão nos bairros São Francisco e Paraviana, em Boa Vista, e determinou a suspensão das atividades econômicas e financeiras das duas empresas envolvidas no esquema: Agrocienes e Rhondovea.
Golpes sofisticados e uso de empresas de fachada
Segundo as investigações, P.W.A.N. se apresentava como despachante agrário e utilizava documentos falsificados para aplicar golpes em série. Uma das principais estratégias era a criação de multas fictícias, com as quais convencia as vítimas a efetuar pagamentos sob o pretexto de regularização de propriedades rurais.
Para dar aparência de legalidade aos crimes, ele utilizava duas empresas de fachada, registradas com endereços falsos. Uma delas funcionava, formalmente, em uma loja de calçados; a outra, em uma residência que não tinha qualquer ligação com as atividades do criminoso.
“O investigado usava uma estrutura bem elaborada para dar credibilidade aos golpes, inclusive apresentando documentos falsos como se fossem emitidos por órgãos oficiais”, explicou o delegado Pedro Ivo.
Estelionatário é reincidente
Esta é a segunda vez que P.W.A.N. é preso no âmbito da Operação Praga Financeira. Na primeira fase da ação, ocorrida em abril deste ano e conduzida pela delegada Jéssica Muniz, o estelionatário foi detido acusado de causar prejuízos que ultrapassam R$ 1,3 milhão. Desde então, ele responde a dois processos criminais e, apenas no mais recente, já foi denunciado pelo Ministério Público 12 vezes por estelionato.
De acordo com a Polícia Civil, o padrão de atuação do suspeito revela um comportamento criminoso reiterado, o que motivou a nova prisão preventiva. O delegado também informou que outras medidas judiciais já estão sendo preparadas para evitar que P.W.A.N. continue operando por meio de terceiros ou novas empresas.
“Mesmo que ele venha a ser solto, estamos adotando todas as medidas legais para impedir que continue aplicando golpes utilizando essas empresas. Representaremos por novas medidas ou prisões quantas vezes forem necessárias”, destacou Pedro Ivo.