A presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Dilma Costa, foi exonerada do cargo a pedido, conforme consta no Decreto nº 491-P, assinado pelo governador Antonio Denarium (PP). A exoneração ocorre oito dias após Dilma ter sido incluída como investigada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Grilagem de Terras, em andamento na Assembleia Legislativa de Roraima.
Dilma havia comparecido à audiência da CPI das Terras inicialmente como testemunha. No entanto, durante a sessão, o presidente da Casa, Soldado Sampaio (Republicanos), solicitou que a gestora passasse à condição de investigada, após apresentar documentos que, segundo ele, indicariam favorecimento a familiares e aliados do governador em processos administrativos relacionados à Gleba Baliza.
Entre os apontamentos, Sampaio mencionou seis despachos assinados por Dilma, dos quais cinco estariam ligados diretamente ao filho de Denarium. O parlamentar classificou as justificativas da ex-presidente do Iteraima como evasivas e sustentou que não havia mais condições de ela permanecer como testemunha.
Além de Dilma, o diretor de Governança Fundiária do Iteraima, João Silva, também passou à condição de investigado na mesma audiência, a pedido do presidente da CPI, deputado Jorge Everton.