O Pronto-Socorro Municipal de Ananindeua (PSMA), inaugurado há oito meses, segue com atendimento abaixo da capacidade projetada. Em visita realizada nesta quarta-feira, 26, o vereador Flávio Nobre (MDB) registrou imagens que mostraram a unidade com grande parte de seus leitos ociosos, contrastando com a demanda de outras unidades de saúde da cidade.
“Estamos aqui nas dependências do Hospital Pronto-socorro Municipal de Ananindeua e o que encontramos aqui foi uma cena muito triste. Temos um hospital praticamente vazio, com muitos pacientes esperando na fila, ansiosos por um atendimento e, infelizmente, essa estrutura de saúde, que foi um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões realizado pela Prefeitura, hoje atende pouquíssimos pacientes”, afirmou Nobre.
O PSMA foi planejado para contar com 75 leitos, sendo 65 clínico-cirúrgicos e 10 de UTI, e uma capacidade de atendimento de até 2.250 pacientes por mês. No entanto, de acordo com um levantamento recente, a unidade tinha apenas quatro pacientes internados, todos para cirurgias eletivas, que não exigem urgência.
“Isso é um absurdo, isso é um absurdo principalmente para quem alega que este hospital está em pleno funcionamento”, destacou o vereador, apontando a discrepância entre o planejamento inicial e a realidade do hospital.
Em sua visita, Nobre também observou a falta de uso de leitos que estavam desocupados. “Temos 10 leitos de UTI no pronto-socorro municipal de Ananindeua que simplesmente não estão sendo utilizados”, declarou.
O vereador manifestou preocupação com a situação, considerando o alto custo da unidade, que ultrapassa R$ 20 milhões. “É triste, é vergonhoso, é um verdadeiro descaso para a população de Ananindeua”, afirmou.
PSMA já foi alvo de outra fiscalização
Em janeiro, a vereadora Pamela Wayne (MDB) denunciou, em vídeos publicados em suas redes sociais, que foi impedida de fiscalizar o Pronto-Socorro Municipal de Ananindeua (PSMA). Segundo ela, a entrada foi barrada por funcionários do hospital e membros da administração, apesar de seu direito constitucional de fiscalização.
A vereadora questionou o tratamento desigual, mencionando que vereadores da base do prefeito Daniel Santos (PSB) tiveram acesso livre à unidade enquanto ela permaneceu do lado de fora. Ela também relatou que, ao tentar entrar acompanhada de seu advogado, teve o pedido negado, e se sentiu coagida pela presença de pessoas não identificadas no local. Esses fatos levantaram novas dúvidas sobre a transparência do atendimento no PSMA.
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