Um avião da Voare Táxi Aéreo, empresa de Renildo Lima, marido da deputada federal Helena Lima (MDB), saiu da pista ao tentar pousar no Aeródromo de Surucucu, em Alto Alegre, na Terra Indígena Yanomami, na terça-feira, 17. A aeronave, um Cessna Caravan de prefixo PR-VDB, transportava materiais de ferragem. Apenas o piloto e o copiloto estavam a bordo, e ambos saíram ilesos. As informações são da colunista Roseann Kennedy, do Estadão.
De acordo com o Ministério da Saúde, responsável pelo contrato com a Voare, a aterrissagem foi prejudicada por chuva intensa, pista molhada e uma forte rajada de vento. “Todos os órgãos competentes foram imediatamente informados”, afirmou a pasta em nota enviada ao Estadão.
Voare afirma que acidente ocorreu devido às condições climáticas
Em nota publicada nas redes sociais, a Voare Táxi Aéreo informou que o acidente ocorreu devido às condições adversas enfrentadas na aterrissagem, como a pista molhada e o vento forte, destacando que a aeronave estava em boas condições de manutenção e operação.
“Seguimos todas as normas de segurança e manutenção preventiva exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O incidente foi prontamente reportado às autoridades competentes, e uma investigação está em andamento para avaliar as circunstâncias”, informou a empresa.
Empresa acumula contratos milionários
A Voare Táxi Aéreo foi fundada por Helena Lima, mas atualmente é gerida por seu marido e pela filha do casal, Eduarda Lima. Nos últimos anos, a empresa registrou faturamento recorde com o governo federal, especialmente em 2023 e 2024, quando a deputada já estava no mandato. Apenas neste ano, a Voare firmou contratos que somam R$ 211,5 milhões com o Ministério da Saúde, conforme divulgado pelo Estadão.
Renildo Lima, porém, já foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Em setembro, ele foi preso por um dia após ser flagrado com R$ 500 mil em dinheiro vivo, parte escondida na cueca, durante a campanha eleitoral municipal. A investigação apontava suspeitas de compra de votos e associação criminosa. Dois policiais militares também foram detidos na mesma operação, e o grupo nega qualquer irregularidade.
