A Polícia Federal desencadeou nesta segunda-feira, 30, a Operação Voto Limpo, com o intuito de desmantelar uma organização criminosa envolvida em corrupção eleitoral no município de Alto Alegre, em Roraima.
Segundo as investigações, os suspeitos estariam envolvidos na coordenação e execução de um esquema de compra de votos. As apurações começaram após a apreensão de materiais durante uma ação da Polícia Federal em abril deste ano, realizada durante as eleições suplementares da cidade. Na ocasião, uma pessoa foi presa em flagrante por crimes eleitorais.
A análise dos materiais revelou um esquema de compra de votos que supostamente envolvia a participação de agentes públicos.
Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, o que levou ao afastamento de um servidor público municipal. A Justiça também ordenou o bloqueio de valores em dinheiro.
Ação
Em abril deste ano, a Polícia Federal apreendeu dinheiro em espécie durante revista a um segurança e em um veículo do senador Mecias de Jesus (Republicanos).
A abordagem durou quase duas horas e foi acompanhada pelo senador Mecias de Jesus. Conforme informações, um assessor do senador foi conduzido à Comarca da Cidade para prestar esclarecimentos.
STF
No dia 8 de maio deste ano, a Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o senador Mecias de Jesus (Republicanos) por possível compra de votos na eleição suplementar da cidade de Alto Alegre (RR). Mecias é o atual líder da bancada do Republicanos no Senado.
Na representação ao STF, a PF afirma existirem “fortes indícios” de envolvimento do senador na tentativa de compra de votos – há duas semanas, o motorista dele foi preso em flagrante com R$ 50 mil em notas de R$ 100 escondidas no corpo. Em nota, o senador disse que já prestou todos os esclarecimentos à PF, e que o dinheiro era para pagar custos de uma propriedade dele no município.
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