junho 30, 2025
InícioDestaquesLei que proíbe empresa condenada por trabalho análogo à escravidão a contratar...

Lei que proíbe empresa condenada por trabalho análogo à escravidão a contratar com a administração pública é aprovada na ALE

Publicado em

spot_img

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou, em sessão ordinária desta terça-feira, 20, o Projeto de Lei (PL) nº 83/2023, que proíbe pessoas jurídicas condenadas pela prática de trabalho análogo à escravidão de contratar com a administração pública estadual. A proposta, de autoria do deputado Armando Neto (PL), foi aprovada com 14 votos favoráveis e nenhum contrário.

De acordo com a norma, a proibição se aplica aos infratores com decisão transitada em julgado, sendo o período da vedação de contratação equivalente ao da condenação criminal. No entanto, não se aplica aos contratos celebrados antes da data de entrada em vigor da lei, exceto no caso de prorrogação de prazo contratual após essa data. O autor da proposição defendeu a necessidade da aprovação. “Reparar uma injustiça social, vai ajudar o Estado e quem vai ganhar com isso é a população”, complementou Neto.

Condição análoga à de escravo

Conforme o art. 149 do Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848/1940), reduzir alguém a condição análoga à de escravo, submetendo-o a trabalhos forçados, jornada exaustiva ou condições degradantes de trabalho, ou restringindo sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto, é considerado crime, com pena de reclusão de dois a oito anos e multa, além da pena correspondente à violência.

Na justificativa do projeto, o deputado Armando Neto afirmou que “Roraima não pode se furtar de contribuir na luta contra o trabalho análogo à escravidão, sendo necessário pensar mecanismos para inibir e punir o cometimento do crime. A administração pública precisa funcionar de forma sistêmica e, uma vez que é evidente, o Estado não pode ser conivente com esse crime”, disse.

Ainda segundo o parlamentar, a proposta já havia sido apresentada pelo ex-deputado Evangelista Siqueira, mas foi arquivada devido ao término da legislatura.  “Portanto, é louvável a retomada dessa iniciativa, que visa combater essa grave forma de violação dos direitos humanos”, complementou o parlamentar.

Foto: Divulgação 

spot_img

Últimos Artigos

Servidores em greve são impedidos de entrar na sede da Sefa, em Belém

Na manhã desta segunda-feira (30), servidores técnico-administrativos em greve há mais de 50 dias...

Prefeitura de Boa Vista lança editais da Lei Aldir Blanc com investimento de R$ 3,5 milhões na cultura

A Prefeitura de Boa Vista reafirma mais uma vez o compromisso com a valorização...

Fiscalização da Femarh no Rio Branco apreende 272 malhadeiras no fim do defeso da piracema

A Divisão de Fiscalização Ambiental da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos...

DPE-AM denuncia contaminação de rio na fronteira causada por lixão peruano e pede ação do Itamaraty

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) solicitou ao Ministério das Relações Exteriores...

Mais como este

Servidores em greve são impedidos de entrar na sede da Sefa, em Belém

Na manhã desta segunda-feira (30), servidores técnico-administrativos em greve há mais de 50 dias...

Prefeitura de Boa Vista lança editais da Lei Aldir Blanc com investimento de R$ 3,5 milhões na cultura

A Prefeitura de Boa Vista reafirma mais uma vez o compromisso com a valorização...

Fiscalização da Femarh no Rio Branco apreende 272 malhadeiras no fim do defeso da piracema

A Divisão de Fiscalização Ambiental da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos...