De saída para Rorainópolis, onde tem um projeto político ambicioso encabeçado pela esposa, o prefeito de São Luiz, James Batista (SD), quer que Risoneide Morais, do Podemos, seja sua sucessora no comando do município. O apoio para à candidatura de Morais foi declarado publicamente em um encontro realizado na manhã de terça-feira, 23, em São Luiz.
O evento contou com a presença dos deputados estaduais Renato Silva (Podemos) e Neto Loureiro (PMB), além de secretários municipais, vereadores no exercício do mandato, correligionários, pré-candidatos e público em geral.
Batista busca emplacar sua esposa, Paula Batista (Podemos), como prefeita de Rorainópolis, município vizinho a São Luiz, nas próximas eleições. O anúncio de apoio à candidata de Risoneide causou estranheza, uma vez que o prefeito não participou do lançamento da pré-candidatura da esposa em Rorainópolis.
Paula Batista, que já foi denunciada pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) por corrupção eleitoral, lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de Rorainópolis na última sexta-feira, 12. O evento foi considerado discreto, com a presença apenas do deputado estadual Isamar Júnior (Podemos). Não houve registros do lançamento nas redes sociais de Paula ou de James Batista.
James Batista já foi cassado
Em setembro de 2020, James Batista (SD) foi eleito para o segundo mandato dele como prefeito de São Luiz/RR. No entanto, em setembro de 2023, o juiz eleitoral Marcelo Batistela Moreira, da 4ª Zona Eleitoral de Roraima, cassou os diplomas de James e Francisco Barbosa, seu vice.
A decisão foi baseada em uma ação da Polícia Federal que apreendeu R$ 40 mil destinados à compra de votos, além de R$ 33 mil encontrados em uma caminhonete. O juiz considerou que esses valores, juntamente com listas de eleitores, evidenciavam a prática de compra de votos.
Em fevereiro de 2024, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) reverteu a cassação de James Batista e Francisco Barbosa por 5 votos a 2. A corte concluiu que não havia provas suficientes para sustentar a cassação, contrariando a recomendação do Ministério Público Eleitoral (MPE), que defendia a inelegibilidade de James.
Durante a sessão de reversão, o procurador do MPE manteve as acusações contra James, mas retirou a inelegibilidade de Francisco, que não teria envolvimento direto nos atos ilícitos.