Nesta quarta-feira, 22, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) reuniu professores, estudantes, universitários e deputados durante a audiência pública “A UERR que queremos”, após a publicação de uma resolução, que prevê o uso da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para acessar os cursos de graduação.
Ao longo dos debates, alguns parlamentares deram contribuições ao debate. Desde quando foi tornada pública a resolução, ainda na semana passada, o deputado Marcinho Belota (PRTB) se manifestou sobre o caso em defesa dos estudantes e apresentou o Projeto de Decreto Legislativo nº035 de 2024, que pede a sustação, ou seja, a suspensão dos efeitos dessa resolução do Conselho Universitário.
Na audiência pública, Belota voltou a se manifestar em defesa dos estudantes e garantiu que vai enviar R$ 1 milhão em emendas para Universidade Estadual de Roraima (UERR).
“Os profissionais que estão em sala de aula cuidando dessas pessoas deveriam ter o salário dobrado. Só quem está na sala de aula sabe o quão difícil é cuidar dessas pessoas. Vou destinar R$ 1 milhão para a UERR. A audiência é para alertar sobre esse pedido de socorro. Tenho certeza de que vamos sair daqui com uma solução para a universidade”, acrescentou.
O caso
A audiência pública “A UERR que queremos” foi fruto de um requerimento do presidente da Casa Legislativa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos). Entre as pautas do debate, estavam as formas de ingresso, reclamações sobre a infraestrutura e a necessidade de uma reestruturação da instituição de ensino superior.
Antes da audiência, deputados se manifestaram na tribuna da Casa e criticaram a decisão do Conselho Universitário. Na segunda-feira, 20, as comissões de Educação e Administração ouviram o reitor para entender os efeitos práticos da resolução. Posteriormente, as comissões fizeram, por meio da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa, uma indicação com sugestões para mudanças no documento.
“Não dá para discutir o futuro do Estado sem discutir a UERR, sem abrir as portas para o diálogo com a Universidade Federal de Roraima [UFRR], com os Institutos Federais (IFRRs), órgãos de pesquisa e iniciativa privada. A UERR precisa estar alinhada com os Poderes. Quero pedir ao reitor e aos acadêmicos, que possamos posicionar a universidade de forma paralela com o desenvolvimento estadual, buscando parceria para se atingir esse objetivo”, disse Sampaio.
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