Horas após movimentar o cenário político com anúncio de rompimento com o governador Antonio Denarium (PP), o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (Republicanos), publicou nota nas redes sociais explicando alguns motivos e atacando o ex-aliado.
No entanto, Sampaio não deixou claro se declarará apoio a quaisquer outros políticos na disputa pela Prefeitura de Boa Vista. Até então, Sampaio apoiava a candidatura de Cataria Guerra (União Brasil), candidata do grupo governista.
“Venho por meio desta, informar para a sociedade roraimense que – na data de hoje, 06/04, oficializo o meu rompimento político com o governador Antonio Denarium, em função de alguns acontecimentos ocorridos nos últimos dias que tornaram insustentável essa parceria existente desde o segundo turno das eleições de 2018”, disse.
Em outro trecho, Sampaio afirma que a sociedade sabe do seu “comprometimento” e “lealdade inquestionável” ao governador Antonio Denarium, que esteve até nos piores momentos.
“A sociedade roraimense tem conhecimento do meu comprometimento e lealdade inquestionável ao governador Antonio Denarium, sempre dando total e irrestrito apoio para todas as ações do governo do estado e garantindo a governabilidade, até mesmo nos piores momentos da gestão”, escreveu.
Após garantir que foi parceiro ao longo dos últimos anos, Sampaio torna público um dos motivos do rompimento, divulgado pelo O FATO na manhã deste sábado. Segundo ele, a inteligência do governo estava espionando deputados.
“Um dos fatores que motivaram essa minha decisão foi o uso do serviço de inteligência para espionar membros do Parlamento Estadual, fato este que compromete qualquer relação de fidelidade e de respeito entre parceiros que comungam dos mesmos ideais”, afirma.
Um segundo motivo seria uma forma desrespeitosa nas composições das candidaturas deste ano do grupo, mas Sampaio não foi claro e não deu muitos detalhes.
“Além da forma desrespeitosa nas composições das pré-candidaturas para as eleições municipais, minando minha base política, num total desrespeito a nossa parceria. E, como bem aprendi com meu pai, tudo na vida tem limite”, disse.
Por fim, Sampaio afirma que a decisão é fruto de uma reflexão coletiva e que não toma decisões por impulso emocional.
“Por isso, e até mesmo em respeito aos meus pares, afirmo que essa decisão é fruto de uma reflexão coletiva, pois não sou de tomar decisões por impulso emocional e, muito menos, de tomar decisões unilaterais sem ouvir a minha base política e também os meus pares”, disse.
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