Uma polêmica envolvendo o deputado federal Gabriel Mota (Republicanos) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jhonatan de Jesus, ganhou destaque na mídia nacional. Isso porque a esposa do ministro, identificada como Thallys de Jesus é funcionária fantasma do gabinete de Mota, em Brasília, conforme noticiou O Estadão.
Thallys recebia salário de R$ 12.139,40, mas não estava cumprindo expediente no local, levantando questionamentos sobre sua efetiva ocupação da função.
O que chama atenção é que a nomeação de Thallys ocorreu cerca de um mês após Jhonatan de Jesus assumir o cargo no TCU, deixando o cargo de deputado federal pelo Republicanos para Gabriel Mota.
O Estadão conduziu investigações que levantaram dúvidas sobre a presença de Thallys em seu local de trabalho. Mesmo tendo sido nomeada como secretária parlamentar, a equipe do Estadão realizou três visitas ao gabinete de Gabriel Mota e não a encontrou em nenhum momento.
Além disso, descobriu-se que Thallys é estudante de Medicina, com aulas diurnas, o que levanta questionamentos sobre sua capacidade de cumprir suas funções parlamentares.
Os funcionários do gabinete de Gabriel Mota foram entrevistados pelo Estadão, e os relatos variaram. Alguns funcionários alegaram não conhecer Thallys, enquanto outros afirmaram que ela trabalhava “ao lado do deputado”.
A chefe de gabinete de Gabriel, Flávia Borges, explicou que Thallys não estava no gabinete devido a um sistema de rodízio de funcionários implementado pelo parlamentar.
Jhonatan de Jesus, ministro do TCU, declarou que não havia solicitado a nomeação de sua esposa e que já a conhecia antes mesmo de assumir o cargo no tribunal. Ele enfatizou que Thallys deveria ter o direito de trabalhar, independentemente de sua relação com o ministro. Entretanto, a exoneração de Thallys ocorreu após o Estadão procurar o ministro para comentar sobre o caso.
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