O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou, nesta quinta-feira, 20, a julgar a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos oito anos. Bolsonaro é investigado pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022.
Nesta primeira sessão, o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, iniciou com a leitura do relatório do caso. O documento é como um “resumo” do processo, detalhando a tramitação da ação no TSE, as diligências, os depoimentos, além das perícias e das providências requeridas pelo relator.
Durante a leitura, Gonçalves diz ter relatado, “com apoio em transcrição literal e contínua do discurso dirigido aos embaixadores de países estrangeiros”, que as críticas de Bolsonaro contra o sistema eletrônico de votação “tiveram como fio condutor a reiterada referência a Inquérito no qual a Polícia Federal teria concluído que hackers tiveram acesso a ‘diversos códigos-fonte’ e teriam sido capazes de ‘alterar nomes de candidatos, tirar voto de um, transferir para outro’”.
Também cita que o discurso do ex-presidente faz ligações entre o passado, o presente e o futuro. Por exemplo, “a alegada fraude ocorrida em 2018, passando pela advertência de que não poderia ter havido eleições em 2020 antes da ‘apuração total’ do ocorrido”. Ainda a “própria urgência de endereçar a mensagem aos embaixadores de países estrangeiros, na iminência do período eleitoral de 2022”.
Conteúdo: Metrópoles
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