Em cerimônia realizada nesta terça-feira (11), em Belém, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), oficializou investimentos para impulsionar a bioeconomia liderada por comunidades tradicionais. A assinatura dos contratos da segunda edição do Programa Inova Sociobio, ocorrida durante o Fórum Conexões pela Bioeconomia, no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, marca a liberação de R$ 3,4 milhões.
O montante será aplicado diretamente no apoio a 20 novos empreendimentos comunitários, com impacto estimado em 3.270 famílias, 1.270 jovens e 2.105 mulheres em todo o estado. Coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), no âmbito dos planos Amazônia Agora (PEAA) e Estadual de Bioeconomia (PlanBio), o programa foi definido pelo governador como mais que um mero incentivo financeiro.
“Ao longo do tempo, muita gente, ao falar da Amazônia, só falou sobre floresta. Nós não somos só floresta. Nós somos floresta, mas, acima de tudo, somos gente. E só será possível cuidar da floresta se cuidarmos das pessoas”, afirmou o governador.
Barbalho surpreendeu ao anunciar um novo aporte de R$ 3,5 milhões, recurso que viabilizará a expansão do programa e a abertura de um novo chamamento público, com foco em comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e produtores rurais. “A sociobioeconomia é o caminho. O governo do Pará está consolidando esse modelo de desenvolvimento, que une inovação, geração de renda e conservação ambiental”, destacou.
Para o secretário de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, a iniciativa reforça o papel central das populações locais. “O Pará representa aproximadamente 78% da bioeconomia do Brasil. E nada disso seria possível sem as comunidades que vivem e produzem na Amazônia”, pontuou.
A nova fase, batizada de Inova Sociobio 2.0, amplia os resultados da edição pioneira de 2022. As organizações selecionadas receberão capacitações técnicas e iniciarão a execução de planos de trabalho que preveem desde melhorias produtivas e aquisição de equipamentos até o fortalecimento das cadeias comunitárias.
A relevância do projeto extrapola as fronteiras estaduais, recebendo elogios de representantes internacionais. Graham Knight, diretor de Clima e Meio Ambiente da Embaixada do Reino Unido no Brasil, enalteceu a parceria. “O que vemos aqui é um exemplo extraordinário de implementação. O Estado do Pará mostra como é possível criar economias dignas para as comunidades e proteger a Amazônia, essencial não só para o Brasil, mas para o mundo”, declarou.
Com a ação, o estado reforça sua liderança na agenda de uma transição justa, inclusiva e de baixo carbono, promovendo bionegócios comunitários, a proteção da floresta em pé e o fortalecimento da bioeconomia amazônica como um vetor crucial para o desenvolvimento sustentável.
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