Policiais militares e empresários são alvos da terceira fase da Operação Pedras de Moinhos, deflagrada nesta terça-feira, dia 7, pela Polícia Civil de Roraima (PCRR). A ação tem como objetivo desarticular uma rede criminosa envolvida em garimpo ilegal, mineração ilícita e o homicídio de José Roberto Souza, ocorrido em 10 de maio de 2024.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Boa Vista, nos bairros Jardim Floresta, Tropical, Pricumã, Nova Cidade, Equatorial e Santa Luzia, além de Cantá e Uiramutã.
Coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob o comando do delegado João Evangelista, titular da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), a operação contou com o apoio de equipes do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), Departamento de Operações Especiais (DOPES), Grupo de Resposta Tática (GRT) e do Departamento de Inteligência (DEINT) da Secretaria de Segurança Pública (SESP).
Investigação
A operação investiga o homicídio de José Roberto Souza, de 44 anos, executado com vários disparos e com o uso de um veículo Parati branco, identificado por câmeras de segurança. A vítima estava envolvida em atividades de garimpo e tinha vínculos com os alvos da operação.
De acordo com o delegado João Evangelista, a operação busca desarticular a rede criminosa responsável por atividades ilegais de mineração e a ligação com o homicídio. Os mandados cumpridos visam à apreensão de armas, munições, veículos, dispositivos eletrônicos e outros itens relacionados aos crimes investigados.
“Temos duas linhas de investigação, sendo uma delas ligada ao histórico da vítima com os alvos desta operação. Vamos aprofundar as apurações nesse sentido”, explicou o delegado.
Organização criminosa
Entre os alvos desta fase da operação estão dois policiais militares e o empresário L. S. R., de 39 anos. Este empresário já havia sido preso na Operação Hades, em fevereiro de 2024, por envolvimento em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A Operação Hades foi coordenada pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas e desmantelou organizações criminosas atuantes em 17 estados do Brasil.
A Operação Pedras de Moinhos segue sob autorização da 1ª Vara do Júri, presidida pela juíza Lana Leitão, e deve avançar para novas fases, com o objetivo de responsabilizar todos os envolvidos nos crimes investigados.
O nome da operação, Pedras de Moinho, faz referência a uma estrutura de moinho de ventos construída com pedras pesadas, remetendo à ideia de um castigo severo para aqueles que causam prejuízo a outras pessoas.