O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), reafirmou nesta quinta-feira (24) o compromisso do Estado em preparar Belém para sediar, em novembro, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Durante participação no Global Citizen Now Amazônia, realizado na capital paraense, ele destacou a importância do legado que o evento internacional deixará para a cidade.
“Estamos construindo, a partir de Belém, um novo paradigma para o desenvolvimento sustentável. A floresta viva precisa ter mais valor do que a floresta derrubada. Isso é o que a COP deve entregar ao nosso povo”, declarou Helder Barbalho, ao afirmar que o Pará vive um novo ciclo.
Segundo o governador, todas as obras estruturais previstas para Belém seguem dentro do cronograma. “Até novembro, Belém estará pronta para os cidadãos e para o mundo. A COP é uma oportunidade de posicionar a Amazônia no centro das decisões globais, mas também de resolver desafios históricos da cidade”, pontuou.
Helder destacou ainda o volume inédito de investimentos em infraestrutura, especialmente nas áreas de saneamento, macrodrenagem, mobilidade urbana e qualificação profissional. “Nunca houve na história da capital um volume tão estratégico de investimentos. Belém é hoje um canteiro de obras, e isso é um sinal de transformação”, afirmou.
O governador defendeu mudanças no modelo de uso da terra no Estado, com a ampliação de cadeias produtivas sustentáveis. “Queremos intensificar a produção em áreas já utilizadas, expandir cultivos como o cacau e o açaí, e gerar emprego com base em soluções da natureza”, explicou.
Sustentabilidade social, ambiental e econômica
Helder Barbalho também ressaltou que é possível conciliar floresta e cidade, desenvolvimento e preservação. “Muita gente ainda vê o meio ambiente como algo distante das pessoas. Mas, na Amazônia, o desafio é cuidar da floresta e de quem vive aqui. A sustentabilidade só existe se for social, ambiental e econômica”, reforçou.
Desafios urbanos
Questionado sobre problemas urbanos da capital, o governador reconheceu as dificuldades, mas afirmou que o Estado está aproveitando a COP para enfrentá-las. “Belém tem dificuldades como outras capitais brasileiras. A diferença é que aqui estamos aproveitando a COP para resolver o que ficou para trás”, disse, acrescentando que o evento será uma oportunidade concreta de enfrentar desafios históricos.
COP com “pé no chão da Amazônia”
Ao falar sobre o papel da imprensa na cobertura da conferência, Helder defendeu o debate plural. “A liberdade de opinião é fundamental. O que não pode haver é o preconceito contra a Amazônia. A COP será feita aqui, na floresta, com o pé no chão da Amazônia, e isso incomoda quem nunca achou que fosse possível”, afirmou.
O Global Citizen Now Amazônia reuniu representantes de organizações internacionais, ambientalistas, jovens e lideranças amazônicas, reforçando o protagonismo de Belém no debate climático mundial.