junho 20, 2025
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Marinha e Polícia Civil investigam novo vazamento de óleo em ilhas de Belém

Moradores denunciam novo vazamento no rio que banha as ilhas de Jutuba, Caratateua e Cotijuba; há um mês, outro episódio semelhante já havia sido registrado na região.

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Moradores das ilhas do Jutuba, Caratateua e Cotijuba, em Belém, denunciam há pelo menos dois meses um vazamento de óleo no rio que banha a região. Segundo relatos nas redes sociais, o problema ambiental estaria sendo causado por navios ancorados nas proximidades das ilhas. Vídeos divulgados por moradores mostram manchas escuras na água, afetando a qualidade de vida e ameaçando a biodiversidade local. As denúncias foram publicadas por perfis como o “Ilha do Jutuba Belém PA”, no Instagram. Em uma postagem feita em 26 de abril, o perfil afirma que um navio ancorado na ilha de Caratateua teria causado o vazamento que se espalhou até a Jutuba. “Nossas águas estão sendo envenenadas, nossa biodiversidade ameaçada e as comunidades ribeirinhas ignoradas!”, alerta a publicação.

Na última segunda-feira (16), novas denúncias reforçaram a gravidade da situação. “Hoje nossa ilha amanheceu de novo coberta com esse óleo preto que é jogado por esses navios petroleiros. Por favor façam alguma coisa, isso está demais!”, escreveu um morador. Em um vídeo recente, outro morador mostra a água contaminada com óleo próximo ao porto e reclama da situação: “A rabeta vai para o fundo. Esses navios que estão ancorados aqui fora estão jogando óleo na água. Não dá nem para tomar mais banho no rio. Olha como está só óleo, prejudicando os ribeirinhos”.

Marinha e Polícia Civil investigam

Diante da repercussão, a Marinha do Brasil informou que tomou conhecimento do caso no dia 18 de junho e que inspetores da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) constataram a presença de óleo na água. Amostras do material foram coletadas para análise, e a área segue sendo monitorada. Caso seja confirmada a responsabilidade de alguma embarcação, os dados e resultados serão encaminhados aos órgãos ambientais para avaliação dos danos e adoção de medidas judiciais, conforme previsto na Lei nº 9.966/2000, que trata da poluição causada por navios.

A Marinha reforçou os canais de denúncia à disposição da população: Disque Emergências Marítimas e Fluviais (185), Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (91) 3218-3950 ou (91) 98134-3000 (WhatsApp). Já a Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), também investiga o caso. Testemunhas estão sendo ouvidas e imagens analisadas para identificar os responsáveis. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) também acompanha as investigações.

Prefeitura afirma que responsabilidade é do Estado

A Prefeitura de Belém se manifestou por meio de nota, informando que, embora a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) acompanhe o caso, a responsabilidade pela fiscalização e possível autuação é da Semas, uma vez que o impacto é de caráter regional e não apenas local. “Nos casos necessários de autuação, a competência cabe exclusivamente ao Estado, neste caso à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, devido à investigação sobre o assunto tratar-se de um impacto regional e não somente local”, diz o comunicado.

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