O deputado estadual Jorge Everton (União Brasil) divulgou uma nota à imprensa nesta quinta-feira, 15, em resposta a uma nota oficial do Governo de Roraima veiculado em uma portal local. No documento, o parlamentar reafirma sua postura fiscalizadora e comenta a recente nomeação da ex-presidente do Instituto de Terras de Roraima (Iteraima), Dilma Costa, para um novo cargo no Executivo.
Na nota divulgada pelo portal local, o governo se manifestou sobre o posiocionamento do parlamentar. “O Governo do Estado afirma que lamenta que o deputado opte por um discurso de oposição sem propostas concretas, que ao invés de somar esforços em prol do progresso do Estado busca com a liderança de um grupo minoritário da Assembleia Legislativa, o caminho da divisão e não da União em prol de Roraima”, afirma trecho da nota.
Logo em seguida, Jorge Everton rebateu a declaração. “Venho a público reafirmar meu compromisso com a verdade, com o povo de Roraima e com a função fiscalizadora que exerço como deputado estadual”, declarou Jorge Everton. O parlamentar afirmou não ter buscado qualquer composição política com o governo e disse que, mesmo quando integrou a base aliada, manteve uma atuação crítica. “Jamais me sujeitei a omissões. Sempre denunciei tudo que considerei irregular, com responsabilidade e coerência”, destacou.
Na nota, Everton contesta a versão apresentada pelo governador Antonio Denarium (PP) e critica a nomeação de Dilma Costa, exonerada do Iteraima e investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Grilagem de Terras.
“A população de Roraima sabe muito bem que a recente nomeação da ex-presidente do Iteraima, Dilma Costa, é uma afronta à moralidade administrativa”, afirmou o deputado. Ele também disse que a nomeação representa “uma clara acomodação política de cunho pessoal”.
O parlamentar também comentou a acusação de “desinformação” feita pelo governo. “Lamento profundamente que, ao ser questionado por fatos concretos, o governador tente desviar o foco dos problemas ao alegar ‘desinformação’”, escreveu.
Ele finalizou a nota afirmando que continuará exercendo seu papel institucional de fiscalização. “Não aceito nem aceitarei acordos que firam a ética e o interesse público. E não abro mão da minha prerrogativa parlamentar de fiscalizar, denunciar e cobrar respostas do Executivo, mesmo que isso incomode”, disse.